Polícia

'Fecho o olho e me lembro dele sorrindo', diz mãe que teve filho morto com 64 golpes de faca

Richard, de 18 anos, foi assassinado em fevereiro de 2018, no bairro Bela Vista, em Vitória. Dois meses após o crime, a polícia prendeu Diego Nascimento Cozer, 34

Foto: Reprodução TV Vitória

Está marcado para a tarde desta quinta-feira (28) o júri popular do caso Richard Alves de Souza, morto com 64 golpes de faca dentro da casa da mulher com quem mantinha um romance. O acusado que vai a julgamento é ex-marido dela. O crime aconteceu há quase dois anos.

Para a mãe da vítima, Simone Alves, ainda é muito difícil aceitar a perda do filho. “Hoje faz 611 que perdi o Richard, mas parece que foi hoje. Fecho o olho e me lembro dele. Eu me lembro dele comendo, me lembro dele sorrindo”, desabafa a mãe.

Richard, de 18 anos, foi assassinado no dia 25 de fevereiro de 2018, no bairro Bela Vista, em Vitória. Dois meses após o crime, a polícia prendeu Diego Nascimento Cozer, de 34 anos, no bairro Eldorado, na Serra. De acordo com a polícia, ele, que é o ex marido da mulher, matou o jovem com golpes de faca.

Ainda de acordo com a polícia, Diego foi até a casa da ex-mulher e acabou flagrando Richard no local. Por causa disso, ficou com ciúmes, pegou uma faca e matou o jovem. Depois do crime, a mulher fugiu da região. A população se revoltou com o ocorrido e destruiu toda a casa. Atualmente, o local é um terreno abandonado. Quase dois anos após o crime, a mãe está ansiosa e espera que nesta quinta-feira a justiça seja feita.

O júri popular deste caso vai ocorrer no Fórum Criminal de Vitória. De acordo com Simone, parentes e amigos vão acompanhar de perto todo o julgamento. Segundo a mãe, Richard era querido por todos na vizinhança, onde nasceu e cresceu. Ela relembra o último pedido do filho antes de ser assassinado. “Ele falou uma semana antes que queria comer torta. Eu disse que faltavam só sete dias para o aniversário da irmã dele, e ele pediu para encomendar uma torta grande”, relembrou. 

Dependendo do resultado, a sentença do júri popular vai ser um alívio para todos que conviviam com o jovem. “Acredito que a justiça desta vez vai dar certo. Ele já pediu advogados, já pediu habeas corpus e continua preso”, contou a mãe.