Um gari de 26 anos teve a casa invadida, foi amarrado e agredido por um vizinho, no bairro Rio Marinho, em Vila Velha. O suspeito, identificado como Wellington Teixeira Magnago, de 28 anos, mora em frente à casa da vítima. O crime aconteceu na manhã desta segunda-feira (15), por volta das 6 horas.
“Como é um prédio fechado, ninguém entra sem a chave. Minha mulher disse que um vizinho estava batendo na porta. Sem maldade eu fui lá e pedi para ele esperar, pois eu estava abrindo. Quando eu abri me deparei com ele. Estava com uma camisa preta e uma chave de fenda na mão”, contou o gari.
A vítima foi amarrada e a esposa foi obrigada a buscar dinheiro. “Ele mandou minha mulher me amarrar com uma corda, me deitou no tapete e nesse momento pegou uma mochila e falou para eu não gritar, pois me mataria”, relatou.
O gari contou que o suspeito estava transtornado. Segundo ele, parecia que havia feito uso de drogas. Mesmo sem reagir, ele foi agredido. “Ele bateu a minha cabeça três vezes no chão e nesse momento eu pensei que ele ia efetuar o golpe. Quando ele deu o primeiro golpe eu tive a reação de levantar e ele conseguiu dar o segundo”, lembrou.
Mesmo ferido, a vítima lutou e tentou cessar as agressões. Até enforcado com um fio ele foi, mas conseguiu gritar pedindo ajuda. Wellington foi imobilizado e agredido por moradores até a chegada da polícia. Em seguida, foi levado para a Delegacia Regional de Vila Velha.
O gari se surpreendeu por ter sido vítima do próprio vizinho. A única coisa que ele pensa que pode ter motivado o crime é o fato de ter saído do trabalho há pouco tempo. Ele está recebendo seguro desemprego e Wellington poderia acreditar que naquela casa havia dinheiro. “Como eu saí da empresa agora ele imaginou que eu tinha pegado o dinheiro e guardado em casa. Mas a gente não guarda em casa, a gente deposita”, afirmou a vítima.
Wellington já tem passagens pela Justiça. De acordo com a polícia ganhou a liberdade há apenas 10 dias. Ele disse que estava sem dormir e tentou apresentar um motivo para ter feito o que fez. “Eu sou usuário de drogas e estou há quatro dias virado”, disse o acusado.
A mãe do suspeito precisou ser hospitalizada após saber o que o filho havia feito.