O gerente de distribuidora de bebidas que matou um educador físico em José de Anchieta, na Serra, em novembro do ano passado, foi preso em São José dos Campos, em São Paulo.
A polícia divulgou a prisão de Raul Alves da Silva, de 27 anos, em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (30). Segundo a investigação, ele atirou várias vezes contra o carro de Hudson Batista Diniz, de 31 anos.
O educador físico foi socorrido e ficou internado por três dias no hospital, mas não resistiu. O atirador fugiu para São José dos Campos logo depois da morte e foi preso nesta semana.
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Gerente de distribuidora se escondeu na casa do padrasto
O suspeito estava escondido na casa do padrasto. A Polícia Civil chegou ao paradeiro dele com a ajuda do serviço de inteligência.
No momento da prisão, Raul alegou legítima defesa, que foi descartada pelo delegado.
Vítima teria confrontado gerente
O crime ocorreu em novembro do ano passado. Hudson foi acompanhado da companheira à distribuidora de bebidas em que Raul é gerente.
Segundo a Polícia Civil, a vítima teria se incomodado e confrontado o gerente por ter olhado para a mulher. Hudson deu um chute em Raul, após ele ter esbarrado na mulher. A confusão foi registrada por câmeras de segurança.
Suspeito buscou arma do crime em casa
Minutos depois, o suspeito teria saído da distribuidora para buscar uma arma em casa, de acordo com a polícia.
Os dois se encontraram no trânsito. Hudson dirigia um carro preto e encontrou uma caminhonete vermelha, dirigida por Raul, em uma rotatória. O suspeito então disparou contra o veículo preto.
O delegado Rodrigo Sandi Mori informou que um dos tiros acertou a cabeça de Hudson, que perdeu os sentidos e bateu o carro em um muro.
Segundo ele, Raul se aproximou do carro batido, atirou mais vezes contra a vítima e depois fugiu. O crime também foi registrado por câmeras de videomonitoramento.
Vítima ficou internada por três dias, mas não resistiu
Testemunhas ficaram assustadas com o ocorrido e socorreram Hudson. Ele foi atingido por diversos tiros, inclusive na cabeça e ficou internado no hospital por três dias, mas não resistiu.
Veja o vídeo:
O delegado afirmou que Raul confessou o crime e alegou ter agido em legítima defesa. “Essa tese foi totalmente descartada no decorrer da investigação”, disse Rodrigo Sandi Mori.
O delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, destacou a motivação banal do assassinato.
Ele pratica o crime com perversidade, com requintes de crueldade. Não precisava de oito tiros. Então, esse excesso e essa violência contida tem que ser dominada, pontuou o delegado.
Raul está preso no estado de São Paulo. Ele foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe e por perigo comum, segundo a Polícia Civil.
O suspeito também possui passagem por agressão contra mulher.
Com informações do repórter Vitor Zucolotti, da TV Vitória/Record