O golpe da passagem aérea já fez mais de 40 vítimas apenas no Espírito Santo. Os passageiros efetuavam a compra, entretanto, nunca recebiam os bilhetes para viajar.
Diante da situação, um grupo composto por mais de 40 pessoas foi criado em um aplicativo de mensagens para compartilhar experiências.
Além disso, eles também denunciam a estelionatária, que supostamente aplica os golpes há anos.
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Golpe da passagem aérea: biomédica perdeu R$ 7 mil
Em entrevista à reportagem da TV Vitória, uma biomédica, que prefere não ser exposta, afirma que trocou serviços estéticos por passagens aéreas e hospedagem para fazer um curso em São Paulo. O prejuízo chega ao valor de R$ 7 mil.
“Quando eu cheguei no aeroporto, as passagens não existiam, a reserva da hospedagem também não havia sido realizada. Somando tudo, o prejuízo chega ao valor de R$ 7 mil, porque tive que tirar o valor do meu bolso para arcar com os bilhetes”, contou a biomédica.
O cirurgião-dentista Vinícius Pontara também caiu no golpe com a mesma mulher. Ele comprou uma passagem aérea para a Europa no valor de R$ 3 mil, mas nunca recebeu o bilhete nas mãos.
Eu fiz um Pix em julho e a passagem estava programada para agosto. Falei que precisava da passagem o quanto antes, ela garantiu que estaria nas minhas mãos, mas não foi o que aconteceu. Ela também não me enviou o estorno, disse o dentista.
Outra vítima, que mora em Baixo Guandu, no Noroeste do Estado, conhece a mulher que aplica os golpes.
Ela comprou uma passagem aérea para ir com a filha até a Disney, em Orlando (EUA), mas descobriu que os bilhetes eram falsos no Aeroporto de Vitória.
“Fiz um pagamento e ela ficou me enrolando para enviar as passagens. Quando enviou os bilhetes, eu reparei que havia algo errado na passagem e a questionei. Depois de quatro horas, a passagem entrou no aplicativo, mas no embarque as minhas passagens eram falsas”, disse a vítima.
Golpista se aproveitou de conhecidos de colega
Segundo uma colega de apartamento, a golpista também se aproveitou de conhecidos para aplicar golpes.
“Pessoas que conheciam ela e eram meus amigos decidiram comprar as passagens com ela por conta do vínculo de confiança. Diante disso, ela conseguiu dar vários golpes”, destaca a colega.
O que diz a suspeita de estelionato?
A suspeita de aplicar golpes foi procurada pela reportagem da TV Vitória e afirmou que não tem uma empresa de turismo registrada e que sempre vendeu no “boca a boca”.
Ela ainda afirmou que vendia as passagens utilizando milhas, mas que depois de uma troca de fornecedor. A mulher também informou que já contratou um advogado.
Por meio de uma nota, a Polícia Civil informou que está atenta aos crimes e investiga todos os casos reportados. Os casos são investigados pelas Delegacias próximas às residências das vítimas, 4º Distrito de Polícia de Vitória; DP de Baixo Guandu e Deic Linhares.