O golpe do falso emprego em uma suposta petrolífera já fez, pelo menos, sete vítimas no Espírito Santo. Uma delas é um técnico em mecânica, de 55 anos.
Segundo ele, que prefere não se identificar, após mandar o currículo, recebeu a ligação de um homem que se identificou como Renato que chegou a agendar uma entrevista.
“Ele anunciou, mandamos o currículo e depois de uns dias marcamos a entrevista”, conta.
Depois da entrevista, o técnico recebeu outro telefonema e, desta vez, informando que ele havia sido aprovado, mas que teria que fazer um curso.
“Ligou e disse que tinha sido aprovado o currículo. Tinha que fazer um curso, três dias, e após o curso seria chamado para admissão e eles reembolsariam o valor do curso. Pediu que a gente pagasse o curso porque a empresa não podia no momento”, explicou a vítima.
Para realizar o curso, cada um dos candidatos teve que pagar R$ 680. O técnico em mecânica chegou a pegar dinheiro emprestado com amigos para pagar a taxa.
Mas quando o certificado estava em mãos é que veio a desagradável surpresa. Ao procurar o suposto empregador, a vítima descobriu que ele tinha desaparecido.
Antes de sumir, o suposto empregador mandou um e-mail para um dos candidatos informando que estava com problemas familiares. As vítimas criaram um grupo e foram até o local onde fizeram a entrevista inicial.
No lugar, descobriram que o espaço foi alugado por um curto período. Depois disso, as vítimas procuraram a Delegacia de Defraudações. Segundo informações da delegada Rhayana Bremenkamp, há indícios de golpe neste caso.
“A primeira característica é quando eles pedem um valor, uma taxa para que você faça um curso porque é necessário para o emprego. A segunda é quando eles te garantem que quando você tiver aquele curso, o emprego está garantido. Neste caso, o próprio anúncio no jornal era bem atrativo porque ele fala com ou sem experiência. Então, a pessoa chega e acaba sendo cobrada aquela taxa, e a pessoa acredita que realmente vai ter esse emprego”, afirma a delegada
Ela ainda lembra que sempre é importante verificar todos os dados da empresa e o que está sendo oferecido.
“O que a gente sempre fala é tomar cuidado com o atrativo muito bom. Neste caso era o ‘com ou sem experiência’, um valor de salário muito alto, benefícios que não condizem com a sua experiência, cuidado com essas taxas que são cobradas. Normalmente uma empresa quando quer um profissional, ela mesmo qualifica sem cobrar nada ou então pede alguém que já tem experiência”, esclarece.