Uma mulher, suspeita de aplicar golpes milionários no Espírito Santo e Rio Grande do Sul, foi encontrada escondida em um armário em um imóvel de luxo em Nova Lima, Minas Gerais.
O caso ocorreu durante cumprimento de busca e apreensão das polícias civis do Espírito Santo e de Minas Gerais, em uma mansão avaliada em R$ 2 milhões.
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A mulher é apontada como uma das responsáveis por uma empresa de importação, que aplicava golpes em empresas clientes. Uma destas companhias é uma exportadora capixaba, que foi lesada em R$ 1, 5 milhão.
Na casa da suspeita foram apreendidos dos carros de luxo, além de uma caixa de relógios importados. A conta bancária dela e da empresa foram bloqueadas.
Como funcionavam os golpes
Segundo a investigação, a empresa funcionava como intermediadora entre empresas e fornecedoras de produtos. A empresa capixaba estaria a procura de milho, óleo e açúcar. Os produtos foram pagos, mas nunca foram entregues.
Para dar credibilidade ao golpe, os responsáveis pela empresa chegavam inclusive a se encontrar com os clientes.
A empresa funcionava com CNPJ e até com endereço fixo, o que fazia com que clientes confiassem nos serviços prestados.
É uma organização criminosa muito bem estruturada, a empresa possui CNPJ ativo, tem o endereço fixo, e um site. Quando queriam fechar algum tipo de negócio se encontravam até fisicamente. Tinham contratos de compra e venda, então era um golpe extremamente bem articulado, explicou o delegado Brenno Andrade.
Além da companhia capixaba, uma empresa gaúcha também teria sido vítima de um golpe e foi lesada em R$ 1 milhão.
Aos policiais a suspeita afirmou que a empresa gaúcha não cumpriu parte de contrato estabelecido entre elas, por conta disso, acabou perdendo dinheiro.
Já sobre a empresa capixaba, a suspeita afirmou ter sido vítima de um golpe aplicado por uma terceira empresa, por isso não entregou os produtos.
Golpes no exterior
Andrade explicou que a Polícia Civil de São Paulo teria cumprido dois mandados de busca e apreensão na capital paulista, relacionados aos mesmos investigados. Naquele estado há indícios de golpes que chegaram a R$ 9 milhões.
Além disso, há indícios, segundo o delegado, de que a quadrilha teria aplicado golpes até em empresas de fora do Brasil.
“Há indícios de representantes de grandes empresas que vieram ao Brasil para realizar compras e acabaram sendo vítimas dessa empresa”, explicou.