Polícia

Golpe: mulher diz que foi vítima de falso corretor na Serra

Uma vigilante de 27 anos diz ter sido vítima de um falso corretor. O caso aconteceu no município da Serra. A mulher, que não quis se identificar, disse que um corretor de 55 anos vendeu um terreno para ela por R$ 25 mil, mas a escritura não foi entregue. 

De acordo com a vítima, o terreno tinha até contrato de compra e venda registrado em cartório. Ela ainda chegou a pagar R$ 20 mil à vista e parcelou o restante. 

“Ele me falou que o lote era de doação, que o ex-proprietário teria recebido da prefeitura e ele só teria o contrato de compra e venda. Disse que faria o mesmo para mim, o contrato de compra e venda. Nós marcamos e ele me levou para ver o lote. No cartório fizemos o contrato, depois fomos ao banco e passei para ele R$ 20 mil. E ele não quis transferência, queria o dinheiro em mãos”, contou a vigilante.

A vítima chegou até o falso corretor por meio de um anúncio na internet. O terreno, de aproximadamente 400 metros quadrados, fica no balneário de Carapebus, na Serra. De início, ela não suspeitou que pudesse ser um golpe, só descobriu a farsa quando foi até a prefeitura passar o IPTU para o nome dela.

“Na hora que eu mostrei a documentação eles disseram que esse lote já tinha dono. Fui na imobiliária também e eles disseram a mesma coisa, inclusive que já tem até escritura”, disse.

A vigilante perdeu o contato com o suspeito após o golpe e registrou boletim de ocorrência. Depois de vários endereços falsos, ela mesma conseguiu localizar o homem no bairro Parque Residencial Laranjeiras, também na Serra. Ele foi levado nesta quinta-feira (01) para o DPJ do município. Como não houve flagrante, foi liberado momentos depois. Na delegacia, ele não quis falar com a imprensa.

“Ele não prestou nenhum tipo de esclarecimento, e vamos traçar a estratégia de defesa no transcorrer criminal. A princípio só há indícios de autoria, mas não tem nada comprovado. E pelo crime não ter sido em flagrante ele foi liberado. Vamos trabalhar para que ele seja absolvido, ou na pior das hipóteses reduzir a pena”, afirmou o advogado do suspeito, Wherter Espíndula.

O caso será investigado pela Delegacia de Defraudações. O suspeito pode ser indiciado por estelionatário.