A grávida, de 25 anos, espancada pelo ex-companheiro na frente dos filhos no bairro Nova Bethânia, em Viana, estava separada há dois anos do suspeito. O caso aconteceu no último domingo (05). Ainda muito assustada, a vítima relatou à reportagem da TV Vitória os detalhes do dia em que foi brutalmente agredida pelo suspeito.
“Ele chegou me agredindo com palavras. Foi quando começaram as agressões. Nessa hora, eu também agredi ele para poder me defender. Ele me deu dois chutes na barriga e me empurrou. Eu caí no chão e, nesse momento, meu cunhado, irmão do atual que eu estou, pediu pra ele não me bater porque eu estava grávida. Ele (suspeito) entrou no carro com a atual dele e foi embora”, relatou.
Sem se preocupar com a presença dos filhos, de 4 e 5 anos, o agressor não poupou a vítima. Ela precisou ser levada para o hospital, pois apresentava hematomas por todo o corpo.
De acordo com ela, foram quase 24 h desacordada devido o trauma psicológico que enfrentou. A vítima fez exames e disse que não há problemas com a gestação. Nesta terça-feira (07), ela foi até a delegacia e solicitou uma nova medida protetiva contra o ex-companheiro.
A jovem ressaltou ainda que já tinha sido agredida outras vezes pelo rapaz enquanto estavam juntos. Segundo ela, o homem sempre foi agressivo, já teria agredido uma mulher em outro relacionamento, e esse foi o motivo que levou à separação.
“Foram quase dois anos que ficamos juntos. Ele sempre foi agressor. Teve a primeira mulher dele também que agrediu ela. A gente separou por conta da agressão. Já tinha dado queixa outras vezes, mas nunca deu em nada. E, agora, como aconteceu de novo, eu denunciei de novo. Vou esperar pra ver o que a polícia vai fazer”, pontuou ela.
Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Justiça (Sejus) informou que o suspeito passou pelo sistema prisional por cometer crime de lesão corporal. A Polícia Civil destacou que o caso segue sendo investigado.
Depois de ter vivido dias difíceis de agressões constantes, a jovem grávida destacou que quer seguir a vida em paz, sem traumas.
“Eu vivi muitos anos sem me separar do meu ex, por conta das crianças, porque via o que poderia acontecer com elas se fossem criadas sem pai. Mas chegou um momento que não dava mais. As mulheres não devem viver em um relacionamento assim, abusivo e agressivo. Por isso, muitas acabam perdendo a vida”, concluiu.
*Com informações da repórter Milena Martins, da TV Vitória / Record TV.
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