Uma mulher de 42 anos foi agredida pelo ex-companheiro, junto com a filha que estava grávida, na tarde desta quinta-feira (13), no bairro Bandeirantes, Cariacica. O suspeito já a ameaçava há 4 anos.
De acordo com a vítima, o homem passou a persegui-la e realizar ameaças desde o término do relacionamento. “Aonde ele me vê tem confusão, conflitos. Ele me oprime, ele me agride verbalmente e às vezes tenta até fisicamente”, explicou ela.
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A mulher, que exerce a função de vigilante, contou ainda que o comportamento agressivo sempre esteve presente durante esse período. Segundo ela, o suspeito também já invadiu a residência em que ela mora.
“Ele entrou, destruiu meus utensílios domésticos, rasgou compra, quebrou as janelas. Sempre foi agressivo”, disse.
Registro mais grave
No entanto, a situação mais grave ocorreu nesta semana, na quinta-feira (13). Em entrevista para a TV Vitória, a vigilante explicou que mandou mensagem para o homem cobrando a pensão do filho compartilhado do ex casal, de 5 anos.
Ao invés do dinheiro, a mulher recebeu uma série de ameaças de morte por áudio.
“Tá querendo dinheiro para fazer aniversário? Vou invadir seu aniversário… para você deixar de ser otária. Vou pegar seu celular na frente de todo mundo e quem se meter eu vou descer do dedo. Tá avisado! Tá avisado”, disse suspeito em um dos áudios.
Poucas horas depois, o agressor foi até a casa dela. A vítima não atendeu em um primeiro momento, no entanto, o homem retornou. Ao abrir o portão, foi surpreendida pelas agressões.
“Ele chegou falando um monte de coisa, veio para cima de mim e tentou me dar um tapa na cara, mas eu me esquivei. Nisso, ele já pegou meu cabelo e arrancou boa parte”, contou.
Jovem foi agredida grávida
A vítima relatou ainda que a filha mais velha, de 17 anos, viu a situação e quis defendê-la. A jovem estava grávida de 5 meses e mesmo assim também sofreu agressões.
“Minha filha que está grávida viu e juntou para cima dele, então ele deu um tapa nela e a jogou de barriga no chão. Foi a hora que fiquei desesperada e saí gritando. Os vizinhos entraram no quintal e ele saiu correndo”.
A Polícia Militar (PM) foi acionada e realizou buscas no local, mas o suspeito não foi localizado. Ao ser encaminhada para o Plantão Especializado da Mulher, a vítima decidiu registrar ocorrência e pediu medida protetiva.
“Muitas vezes eu já deixei de registar ocorrência porque a mãe dele é idosa, eu gostava muito da família dele, não havia nada do que reclamar, era uma família maravilhosa. Só que chegou a um ponto que se eu não fizer isso, quem vai ser a vítima fatal sou eu, ou no caso seria minha filha. Eu estou exausta, cansada e não aguento mais. Só quero que a justiça seja feita”, finalizou.
Em nota, a Polícia Civil (PC) informou que o caso seguirá sob investigação pela Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher.
*Com informações da repórter da TV Vitória / Record TV, Ana Carolini Mota.