Uma briga de casal, na madrugada de quinta-feira (08), na Serra, terminou com a mulher agredida e o cachorro de estimação da família morto, pelo homem. A confusão ocorreu no apartamento onde, há seis meses, a professora, de 45 anos e o auxiliar de produção, de 35 anos, moram, em Jardim Limoeiro, juntamente com a filha do casal, de sete meses.
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Em depoimento, no Plantão Especializado da Mulher, na Ilha de Santa Maria, em Vitória, na manhã da última quinta, a professora relatou que, estava com a filha no colo, quando o auxiliar de produção “surtou”, em resposta à proposta dela, em meio à briga, de dar fim ao relacionamento, de três anos.
A mulher acrescentou aos policiais que o companheiro se preparava para trabalhar quando começou a insinuar que ela estaria tendo um “caso” com outra pessoa. A professora negou a desconfiança, pois estava acompanhada do auxiliar de produção quando manteve contato com o , na ocasião em que tentava alugar uma casa em Bicanga, também na Serra.
Durante a briga, segundo a mulher, o homem ficou nervoso, pegou o cachorro no colo e o arremessou, com força, para bem longe. Na sequência, o auxiliar de produção foi até o animal e o chutou, várias vezes, até matar o animal.
A professora relatou que estava com a filha no colo quando, em seguida, o companheiro apertou o braço dela com força e a empurrou. A mulher diz ter caído no sofá e acreditar que só não foi mais agredida por estar com a bebê.
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Ela disse que, depois, foi à casa de uma vizinha, que acionou a Polícia Militar. Só que, quando os policiais chegaram ao local, o homem já havia saído para o trabalho.
A professora informa que chegou a levar o cachorro até a uma clínica veterinária, mas no atestado de óbito, consta que o animal já estava morto.
Ciumento e possessivo
Aos policiais, a mulher disse também que o homem é “muito ciumento e possessivo” e que, por diversas vezes, a agride verbalmente e a ameaça dizendo que, caso a flagre com outra pessoa, mata ambos.
Revolta
O crime gerou revolta entre vizinhos da família. Alguns, inclusive, usaram as redes sociais para repudiar a violência praticada pelo auxiliar de produção e pedir punição.
Mulher solicitou medita protetiva
A Polícia Civil informou que a vítima esteve na Delegacia de Plantão Especializado da Mulher (PEM), prestou depoimento e solicitou a Medida Protetiva de Urgência (MPU) e representou criminalmente contra o investigado.
A vítima foi encaminhada para realizar exame de corpo de delito no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória e o caso será encaminhado à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Serra para melhor apuração dos fatos.
CPI
O caso sensibilizou a presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Maus-Tratos Contra os Animais, criada pela Assembleia Legislativa do Espírito Santo. A deputada, Janete de Sá, adiantou que vai encaminhar a situação à Delegacia e ao Ministério Público.
“São dois abomináveis tipos de violência: contra a mulher e contra os animais. Um caso como esse jamais pode ficar impune”, afirmou a parlamentar reeleita no último dia 30 de outubro.