Um homem aproveitou-se da morte de um colega de trabalho para furtar a casa dele, na última quinta-feira (18), em Carapebus, na Serra. A invasão aconteceu logo em seguida à notícia de falecimento e revoltou familiares.
Geovane Damacena Neves foi declarado morto por afogamento após afundar com uma jangada na Lagoa de Carapebus, ponto turístico do Estado. Pelo menos 5 testemunhas e salva-vidas se mobilizaram para socorrer a vítima em ação imediata, mas o homem de 54 anos não resistiu.
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Na ocasião, o Folha Vitória produziu uma matéria sobre o ocorrido. A vítima, que já havia passado por diversos empregos, trabalhava como vigilante noturno em Morada de Laranjeiras, na Serra.
Nos últimos meses, Geovane havia se dedicado ao hobbie de construir a jangada. Ao testá-la na última semana, porém, uma ventania intensa afundou a embarcação. A filha, que mora no interior do Rio de Janeiro, ficou sabendo da morte do pai por familiares.
“Fiquei sabendo através da minha tia. Eles ficaram sabendo e aí entraram em contato comigo, porque sou de outro Estado. Minha tia ligou e contou o que tinha acontecido”.
Colega de trabalho disse que iria avisar a família
No dia do ocorrido, no entanto, moradores encontraram um número de telefone nos pertences da vítima. O número pertencia a um homem que trabalhava com Geovane, que prontamente prometeu às testemunhas que iria informar à família do colega.
Porém, ao invés de comunicar familiares, o homem teria ido até a casa da vítima e furtado diversos pertences. De acordo com vizinhos, o suspeito da residência estava com uma mochila nas costas.
Logo em seguida, ele retornou ao local com o objetivo de levar eletrodomésticos e também a moto de Geovane.
“Ele esteve lá quando ainda era cedo e entrou na casa. Depois os vizinhos disseram que ele ainda voltou mais tarde, e nós notamos que havia sido feito um limpa no local. Não tinha mais o reboque, moto, televisão, ventilador, caixa de som, fogão elétrico. A casa estava toda revirada, não achamos documentação, nada disso”, explicou a filha.
Familiares já registraram um boletim de ocorrência informando sobre o crime. Para a filha da vítima, o suspeito teria achado que o homem era sozinho. “Eu acredito que ele achou que meu pai não tinha nenhum familiar próximo. Ele era uma pessoa muito reservada”, contou.
Para a frentista de 25 anos, além do luto pelo pai, há ainda a luta pela justiça. Com um filho pequeno para cuidar e longe de casa, a mulher afirmou que só irá retornar quando o suspeito for preso.
“Além da dor do ocorrido, ainda temos que lidar com a indignação por ele ter feito isso. Precisamos dessa justiça”, finalizou.
*Com informações do repórter da TV Vitória / Record TV, Caio Dias.