Polícia

Homem ligado a grupo terrorista é preso no Brasil

De acordo com a polícia, eles sabiam que Fadi morava na casa e que tinha envolvimento com tráfico de entorpecentes. Armas e drogas não foram encontradas

Fadi estava com documentos falsificados Foto: Reprodução

libanês Fadi Hassan Nabha, de 42 anos, foi preso na tarde de quinta-feira (29) ao chegar em casa, em Caieiras, na grande São Paulo. Ele estava há três anos foragido.

Durante dois dias seguidos, policiais do serviço reservado da polícia militar monitoraram os passos do foragido. De acordo com a polícia, eles sabiam que Fadi morava na casa e que tinha envolvimento com tráfico de entorpecentes. Armas e drogas não foram encontradas, mas na residência ele mantinha documentos falsificados.

Também foi apreendido um computador que vai passar por perícia. Segundo os PMs, por redes sociais, o homem mantinha contato com pessoas ligadas ao grupo extremista Hezbollah, que atua no Líbano e é considerado terrorista.

Em conversa com a polícia, o homem informou que passou mais ou menos dois anos nesse exército especial do Hezbollah. Ele tem treinamento de arma e sabe usar qualquer tipo de armamento, além da experiência com explosivo.

Apesar do treinamento com armas e bombas e da prisão acontecer dias antes do início das Olimpíadas do Rio de Janeiro, a polícia militar descarta a possiblidade de envolvimento do homem no planejamento de eventuais atentados. 

Após ser detido, o libanês foi encaminhado à sede da Polícia Federal. A PF não informou o conteúdo do depoimento dado pelo homem, que tem família no Brasil e é noivo de uma brasileira.

Fadi Hassan Nabha mora no Brasil há 18 anos e era considerado foragido desde 2013 quando o Ministério da Justiça determinou a expulsão do libanês. Ele já havia sido preso em São Paulo por envolvimento com o tráfico internacional de drogas.

Na época, ele e outros libaneses foram acusados de criar uma nova rota para envio de cocaína para a Europa e o Oriente Médio. Ao ser encontrado em Caieiras, o libanês disse aos policiais que não atua mais no tráfico de drogas.

A suspeita é de que ele também faz tráfico de armas para o Hezbollah e o dinheiro recebido com o tráfico de droga era destinado para o grupo extremista do Líbano. Segundo registros da polícia de São Paulo, o homem deixou a prisão em junho de 2012. Dez meses depois, o Governo Brasileiro decidiu expulsa-lo do País.

Com a prisão, a Polícia Federal vai iniciar os procedimentos para enviá-lo de volta ao Líbano. Não há um prazo para que isso aconteça. Até ser extraditado, o libanês ficará detido na Delegacia Central de Franco da Rocha, para onde foi encaminhado no começo da madrugada desta sexta-feira (29).

As informações são do R7.