Um homem, de 45 anos, identificado como Iran Soares de Jesus, morreu após um confronto com a Polícia Militar dentro de uma residência no bairro Cobi de Baixo, em Vila Velha, na noite de quarta-feira (23).
Segundo a versão da PM, Iran teria reagido à abordagem e tentado desarmar um tenente, o que resultou em três disparos contra ele. Moradores da região, no entanto, contestam a ação policial e afirmam que a entrada na casa foi agressiva e que não houve tentativa de diálogo.
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Antes de confronto, disparos em Vasco da Gama
De acordo com a PM, Iran havia sido identificado por testemunhas como o autor de disparos feitos contra um grupo no bairro Vasco da Gama, em Cariacica, minutos antes da abordagem.
A polícia afirma que recebeu a informação de moradores e localizou o suspeito no Beco do Pavão, onde ele entrou em uma casa que pertence à sua mãe. Com autorização dela, os militares teriam acessado o imóvel e localizado Iran no segundo andar.
Ainda segundo os policiais, durante a revista no local, foi encontrada uma arma com munições.
Diante do flagrante, o suspeito teria questionado se havia um mandado de prisão contra ele e, ao receber voz de prisão, reagiu, agredindo um tenente com um soco no rosto. Na luta corporal, Iran teria tentado tomar a arma do policial, que reagiu com três disparos.
Iran foi socorrido e levado para um pronto atendimento em Cariacica, mas não resistiu aos ferimentos. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Vitória.
Morador contesta versão da PM
A versão da PM é contestada por moradores e pessoas próximas à vítima. Um homem afirmou que os policiais chegaram de forma truculenta e que, após retirarem a mãe da residência, ouviram-se disparos.
Segundo ele, Iran estava afastado do crime há algum tempo e fazia trabalhos informais para sobreviver.
“Eles entraram na casa e pediram para a mãe se retirar, e dentro disso, fizeram abordagens, bateram na vítima e depois nós ouvimos os barulhos, como se fossem tiros. Nós vimos os policiais saírem com a vítima em um lençol”, disse o morador.
A mãe de Iran ficou abalada com a situação e, de acordo com amigos da família, pretende acionar a Corregedoria da Polícia Militar.
Familiares de Iran não quiseram gravar entrevista, mas acompanharam o processo de liberação do corpo no Instituto Médico Legal (IML).
*Com informações da repórter da TV Vitória/Record, Suellen Araújo
