No último domingo, 7, Osil Vicente Guedes, de 49 anos, faleceu após ter sido vítima de agressão no Guarujá, na Baixada Santista, em São Paulo. Osil foi espancado e acusado injustamente de roubar uma moto na última quarta-feira, 3.
O proprietário do veículo esclareceu à Polícia Militar que havia emprestado a moto à vítima. Osil foi atacado com pedaços de madeira e capacete por três pessoas, e um vídeo gravado por celular registrou o momento.
Ele ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santo Amaro, no Guarujá, onde foi declarada a morte encefálica.
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Testemunhas contaram à Polícia Militar que as agressões começaram após um grito de “pega ladrão” direcionado ao rapaz. No entanto, após a Polícia Civil averiguar o caso, o dono da moto afirmou que havia emprestado o veículo a Osil naquele mesmo dia e que mantinha contato há anos com a vítima.
O proprietário da motocicleta definiu Osil como uma “pessoa trabalhadora e que não se metia em confusão”. Ele trabalhava na área de reciclagem.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo emitiu uma nota informando que foi comunicada da morte de Osil neste domingo. O caso foi modificado para homicídio e o irmão da vítima foi ouvido. As investigações prosseguem para esclarecer os fatos.
Linchamento de dona de casa ocorreu há 9 anos
Em 2014, a cidade do Guarujá já havia sido cenário de outro caso de linchamento, que chocou todo o país. Fabiane Maria de Jesus foi vítima de uma notícia falsa divulgada no Facebook, em que foi acusada de sequestrar crianças para rituais de magia negra.
Ela foi amarrada e agredida por uma multidão após sair de casa para ir à igreja. Fabiane era inocente, tinha duas filhas e faleceu dois dias após o ocorrido. Esse caso se tornou emblemático para mostrar como as fake news e a desinformação nas redes sociais podem resultar em violência.
