Um capoteiro, de 60 anos, foi preso 18 anos depois de ter assassinado um homem para defender a esposa, no bairro Padre Gabriel, em Cariacica. A prisão aconteceu na quarta-feira (2), após ele comparecer a uma delegacia para esclarecer dúvidas da polícia sobre uma ocorrência envolvendo um carro.
De acordo com o delegado André Landeira, o homem foi intimado para prestar esclarecimentos sobre a abordagem de um veículo que estaria no nome dele. No época, o carro se evadiu e trocou tiros com a polícia. “Nós estávamos investigando uma ocorrência envolvendo um veículo, que foi abordado por policiais, mas se evadiu. O condutor chegou a trocar tiros com a Polícia Militar, mas abandonou o veículo e foi embora”, explicou André.
Na delegacia, o capoteiro conseguiu provar a inocência e disse que havia vendido o veículo pra outra pessoa. Mas, após a polícia verificar as informações sobre o acusado, ele confessou que era autor da morte de Lourival Santos. De acordo com o delegado, a vítima era metido a “machão”, conhecida por gostar de brigas e confusões.
O crime cometido pelo capoteiro foi em 2001. Na ocasião, a esposa dele contou que havia sido agredida por Lourival. Irritado, o homem foi até a vítima e os dois discutiram. O capoteiro acabou matando Lourival com vários tiros. Seis anos depois do crime, ele foi condenado, mas nunca cumpriu a pena.
Para se manter em liberdade, mesmo após ter sido condenado, ele usava documentos com informações adulteradas. “Com a condenação que tinha ele se livrou do documento dele aqui no Espírito Santo, voltou à Bahia, estado de origem dele, e lá ele tirou uma nova identidade. Só que essa nova identidade veio diferente o nome da mãe, a data de nascimento, até mesmo o número da certidão de nascimento dele”, disse o delegado.
* Com informações da repórter Suellen Araújo, da TV Vitória / Record TV