Um idoso de 80 anos foi agredido pelo próprio filho, que seria usuário de drogas, durante a tarde de segunda-feira (19), em Vila Bethânia, em Viana. Na ocasião, a filha da vítima, de 53 anos, tentou ajudar o pai e também foi espancada até perder a consciência.
A equipe de reportagem esteve no local e conversou com o idoso e a filha. Segundo o relato, o agressor, filho de criação de José Carlos Dal-Cim, teria invadido a residência e agredido o pai.
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Ana Cláudia Trancoso Dal-cim, filha de José Carlos, mora no mesmo quintal que o pai. Por isso, na ocasião, ela ouviu barulhos suspeitos e correu para defender o idoso. No entanto, também foi agredida pelo irmão.
“Muito difícil sabe? Ver uma filha apanhando do jeito que ela apanhou. E eu não tinha força para ajudar. Ele pisava nela e eu pensei que ela ia morrer. Muito difícil”, comentou o idoso, emocionado.
“Eu percebi um barulho. Como eu moro na casa dos fundos, parecia que ele estava tentando invadir e atacar o meu pai. Só lembro que desci com o celular na mão e ele o quebrou. Meu pai conta que ele me deu soco, me agrediu bastante. Ele (o pai) tentou sair para me ajudar, mas não conseguiu. Sorte, porque se não ele (irmão) tinha matado o meu pai…”, contou a mulher.
Ainda para a reportagem, o idoso contou que o filho, hoje com 30 anos, foi adotado pela família quando era uma criança.
“Ele tinha 3 anos de idade quando o adotei. Coloquei ele na escola, mas ele não estudava, a diretora sempre me chamava, mas ele sumia”, disse.
Segundo a irmã, o agressor é usuário de drogas desde os 16 anos. “Ele mesmo falou que usa drogas desde os 16, e ninguém tem nada a ver com a vida dele. Então, ele vem causando uma série de problemas”, comentou.
Momentos de desespero
Na última segunda-feira, ocasião das agressões, uma vizinha teria visto a cena e acionado a polícia.
“Foi uma vizinha que viu o que estava acontecendo. Ela chamou a polícia. Quando ele percebeu, saiu e foi embora”, disse a irmã.
O suspeito ainda não foi preso, por isso, pai e filha temem que ele possa voltar para cometer crimes piores contra eles. A família mora na mesma casa há mais de 50 anos, porém pensa em mudar de endereço agora.
“Agora estamos esperando que a Justiça seja feita, que o Ministério Público prenda ele. Porque a gente está aqui, queremos sair, mas no momento estamos desorientados, sem saber o que fazer”, disse a mulher.
As duas vítimas foram socorridas em um pronto atendimento e levadas para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência. Após a realização de exames, foi constatado que a mulher sofreu uma fratura no nariz e cortes profundos na cabeça e no rosto.
Em nota, a Polícia Civil informou que esteve no local e realizou buscas, mas o suspeito não foi encontrado.
Já a Polícia Civil explicou que lesão corporal é um crime que depende da manifestação por parte da vítima para que haja investigação. Os agentes orientaram que as vítimas registrem a ocorrência, podendo comparecer pessoalmente a uma delegacia ou realizar o registro por meio da Delegacia Online, https://delegaciaonline.sesp.es.gov.br.
*Com informações da repórter da TV Vitória/Record, Suellen Araújo
