Um idoso, de 82 anos, foi detido por suspeita de cometer racismo contra uma professora, de 33 anos, dentro de uma agência bancária na orla de Camburi, no bairro Jardim da Penha, em Vitória. O caso foi registrado na manhã desta quinta-feira (02).
A situação ocorreu no momento em que a vítima, que também sofreu gordofobia, passava pela porta giratória de segurança do banco. Ela estava acompanhada do marido e da filha de 8 anos.
Leia também:
> Engenheiro é assassinado em Linhares e polícia investiga latrocínio
> ES recebe alertas de chuvas com previsão de queda de granizo
> Criminosos no ES usavam grupos de oração para abusar de adolescentes
Em entrevista ao Cidade Alerta, da TV Vitória/Record, a vítima, que preferiu não ser identificada, afirmou que o esposo estava aguardando atendimento e foi direcionado para um dos balcões da parte interna da agência.
Os ataques começaram quando a professora se dirigiu para a porta giratória, para acompanhar o marido com a filha.
“O senhor, que estava atrás de mim, falou: ‘Essa preta gorda não vai passar aí não (na porta giratória). Para passar aí tem que emagrecer”, descreve a professora.
A vítima também contou que se assustou e pensou até mesmo que os ataques não eram dirigidos a ela. Após a situação, uma equipe da Polícia Militar foi acionada.
“Me assustei, olhei para trás para ter certeza que ele estava falando comigo. E ele reafirmou que eu não iria passar. Me dirigi a ele e falei que o que ele estava fazendo era racismo, era crime e eu iria chamar a polícia”, narra.
Após a situação, o aposentado chegou a deixar o banco e foi para outra instituição financeira localizada nas proximidades da região. Entretanto, foi detido por uma equipe da Polícia Militar.
Ao ser questionado pelos policiais, o idoso afirmou que não se recordava do que havia falado para a mulher. Mesmo assim, ele foi levado para a Delegacia Regional de Vitória.
Por meio de uma nota, a Polícia Civil informou que a ocorrência foi encaminhada para a Delegacia Regional de Vitória. “Somente após a conclusão das oitivas da ocorrência teremos informações sobre o procedimento que será adotado pelo delegado da Central de Teleflagrante”.
*Com informações da repórter Larissa Barcelos, da TV Vitória/ Record
