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Influencer alvo de operação no ES tinha armário secreto em apartamento

O armário secreto encontrado durante operação ficava camuflado em uma parede e era aberto por um controle remoto

Armário foi encontrado pela Polícia Federal

Reprodução/Polícia Federal
Armário foi encontrado pela Polícia Federal Reprodução/Polícia Federal

Um armário secreto foi encontrado dentro de um apartamento de um influenciador digital alvo de uma operação da Polícia Federal e da Receita Federal. Ele e outras personalidades da internet são suspeitos de divulgarem o comércio clandestino de eletrônicos no Espírito Santo.

A operação, chamada “Linha Direta”, aconteceu em quatro municípios do Espírito Santo, e o compartimento foi encontrado em um imóvel de Vila Velha.

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O armário ficava camuflado em uma parede e era aberto por um controle remoto que abre o compartimento.

Veja o vídeo:

A Receita Federal informou que nada foi encontrado dentro do compartimento e que o uso do armário ainda é investigado.

Duas pessoas presas e como agiam os influenciadores

Durante as operações, duas pessoas foram presas. Além disso, carros no valor de R$ 1,5 milhão, mais de R$ 300 mil em celulares, equipamentos eletrônicos e uma arma de fogo foram apreendidos no Espírito Santo e em São Paulo. Entretanto, o que muitos se perguntam é: como agiam esses influenciadores digitais?

Segundo informações da Receita Federal e da Polícia Federal, a investigação identificou que os influenciadores vendiam aparelhos eletrônicos estrangeiros que eram encaminhados para o Brasil sem o devido pagamento dos impostos.

As importações eram realizadas com fornecedores e distribuidores locais, interestaduais e internacionais, que utilizam câmbio ilegal e lavagem de dinheiro para transformar a legalidade das vendas ilícitas dos eletrônicos.

Materiais apreendidos na Operação "Linha Ocupada", que mira influenciadores digitais
Materiais apreendidos na Operação “Linha Ocupada”. Foto: Divulgação/ Polícia Federal

Todos os produtos eram anunciados por meio das redes sociais dos investigados, que utilizavam as residências como base das operações.

Os investigados não emitiam notas fiscais, nem recolhiam impostos sobre o grande volume de encomendas postais que recebiam. Eles divulgavam o comércio clandestino de eletrônicos em redes sociais e por aplicativos de mensagens.

Mandados foram realizados em municípios do ES

Durante a operação, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais em Vitória, Vila Velha, Cariacica, Conceição da Barra, no Espírito Santo, além de São Paulo.

Os responsáveis poderão responder pelos crimes de descaminho, de associação criminosa e de lavagem de dinheiro. Participam da operação 26 auditores-fiscais e analistas-tributários da Receita Federal e 59 policiais federais.

Os produtos eletrônicos apreendidos foram encaminhados à Receita Federal para a autuação dos tributos federais e multas.

Penas de prisão

O crime de descaminho prevê pena de 1 a 4 anos de prisão, multa, apreensão da mercadoria, perda dos bens, além de sanções administrativas.

Já o crime de associação criminosa prevê pena de 1 a 3 anos de prisão e multa e o de lavagem de dinheiro prevê de 3 a 10 anos de prisão.