O inspetor penitenciário Rafael Zardo Neto, de 34 anos, acusado de atirar contra a própria mulher grávida de seis meses, foi demitido. Além disso, ele também não poderá exercer nenhum cargo público por cinco anos. A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (21) no Diário Oficial do Espírito Santo. Ele também já havia sido afastado do cargo.
O crime aconteceu em janeiro deste ano na Rodovia do Sol, em Vila Velha. O casal voltava para casa depois de um show em Guarapari. A vítima, Emanoela Zandomeneghe Moreira, de 23 anos, foi internada no Hospital Jayme dos Santos Neves, na Serra. O bebê, que precisou ser retirado às pressas da barriga da mãe, não resistiu e morreu. A criança, uma menina, estava internada na UTI Neonatal do hospital.
O inquérito sobre o caso foi concluído com base no primeiro depoimento da vítima, além do levantamento de informações do que teria ocorrido no dia do crime. O delegado titular da Delegacia de Homicídios e Proteção a Mulher (DHPM), Janderson Lube, indiciou Rafael em quatro crimes, que somados ultrapassam os 40 anos de prisão. “Da tentativa de homicídio qualificado, o aborto provocado por terceiros, embriaguez ao volante e a posse de drogas para consumo próprio”, informou.
Segundo o delegado, um dos fatores que o levou a indiciar o acusado foi o fato de ter conversado com parentes da vítima e ter descoberto que o relacionamento dos dois sempre foi marcado por problemas. Em uma das brigas, a jovem teria saído de casa.
“O ciúme sempre permeou a vida do casal e isso tudo veio a confirmar as nossas investigações sobre a versão inicial apontada por ela [a vítima], deixando claro que todas essas circunstâncias de ciúmes, do temperamento dele, considerado uma pessoa estourada, acabou resultando nesses crimes”, afirmou o delegado.