A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, nesta quinta-feira (30), a terceira fase da Operação Falso Profeta, que investiga uma organização criminosa que utilizava a fé alheia para aplicar golpes financeiros.
Durante a ação, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.
LEIA TAMBÉM:
Criminosos roubam seis Porsches de estacionamento na zona sul de SP
Criança é sequestrada por três criminosos em Aracruz
Suspeito de matar ex-ator mirim na Bahia é preso em Vila Velha
Golpe milionário explorava a fé das pessoas
O grupo criminoso prometia retornos financeiros extraordinários aos fiéis com pequenos investimentos.
Com um aporte de R$ 25, as vítimas eram iludidas com a promessa de receber um octilhão de reais (R$ 1.000.000.000.000.000.000.000.000.000). Já para investimentos de R$ 2 mil, a promessa era de 350 bilhões de centilhões de euros.
Organização conta pastores e influenciadores
Segundo a polícia, a organização conta com aproximadamente 200 integrantes, incluindo dezenas de lideranças evangélicas autodenominadas pastores e influenciadores digitais.
Os criminosos atuavam em quase todas as unidades da federação e são acusados de aplicar um dos maiores golpes financeiros já investigados no Brasil. Pessoas de diversas camadas sociais foram vítimas.
Investigação revela grandes perdas
Desde 2019, estima-se que mais de 50 mil pessoas tenham sido prejudicadas. A maioria das vítimas é composta por fiéis evangélicos. A investigação revelou uma movimentação financeira superior a R$ 160 milhões.
Além disso, foram identificadas 40 empresas fantasmas e 800 contas bancárias suspeitas.
Falsas promessas nas redes sociais
O grupo utilizava redes sociais para divulgar suas falsas promessas e convencia as vítimas com base em crenças religiosas e teorias financeiras irreais.
Mesmo após a deflagração da primeira fase da Operação Falso Profeta, em 2023, os golpistas continuaram com suas atividades.
Cinco líderes religiosos são alvos na terceira fase da operação
Nesta nova fase, cinco líderes religiosos foram alvos, além de mandados em endereços ligados a advogados e influenciadores digitais.
Durante a operação, foram apreendidos documentos, eletrônicos, falsos contratos, falsos títulos financeiros e papéis-moeda fictícios usados para enganar as vítimas.
Quatro integrantes da organização já foram presos e condenados por estelionato. As investigações continuam em andamento para identificar mais envolvidos e impedir a continuidade dos golpes.
Com informações do Portal Uol