O irmão do vendedor Gustavo Borges Claudiano, 20 anos, que morreu após uma festa rave, afirma não saber qual tipo de droga o jovem teria usado no evento. Douglas Gomes disse que acredita que alguém possa ter colocado alguma coisa na bebida do vendedor, que ficou desnorteado durante o evento.
“Há boatos de que ele usou diversas drogas. Nós sabemos que ele usou alguma coisa, mas não sabemos o que é. Eu estava com ele o tempo todo. O tempo todo, entre aspas, pois na festa eu não estava com ele direto. Eu tinha os meus amigos, e ele os dele. A partir do momento que eu soube que ele estava mal, fui atrás dele e tentei levar meu irmão para casa”, contou.
Douglas explicou que quando chegou até o irmão ele começou a ficar desesperado e gritava por Deus. “Ele pedia socorro e pedia que Deus levasse ele para o céu logo. Ele achou um portão, entrou dentro da mata e ninguém achou mais ele. Ele era uma pessoa alegre e querida por todos”, disse.
Gustavo, que morava na Praia do Canto, em Vitória, saiu de casa no domingo (18), por volta das 12 horas. Ele estava acompanhado de três amigos e o destino era uma chácara, no bairro Cidade Continental, onde era realizada a festa rave.
Durante o evento, Gustavo teria consumido uma droga conhecida como “gota”, uma concentração maior de LSD. Um dos amigos do jovem, Arthur Biancardi, disse que ele consumiu drogas antes e durante a festa. “Ele tinha tomado uma ‘bala’ (êxtase), que deixa a pessoa mais agitada, mas não dá alucinação. Há relatos de que um amigo nosso também tomou [a gota], mas não conhecia o cara que forneceu”, informou.
As causas da morte estão sendo investigadas pela Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) da Serra. A Polícia Civil aguarda a conclusão da necrópsia, pelo DML, que apontará a causa da morte da vítima. O delegado só se pronunciará ao concluir o inquérito.