Irmão e irmã foram presos na última terça-feira (02), suspeitos de integrarem uma organização criminosa que aplica golpes em empresas de mármore e granito. Segundo a polícia, Felipe Guimarães Batista, de 21 anos, e Franciele Guimarães Batista, de 25, compravam chapas de granito se passando por outra pessoa e pagavam com cheques fraudados.
Na terça-feira, policiais da Delegacia de Defraudações e Falsificações (Defa) foram ao galpão onde os suspeitos armazenavam o material adquirido e que, segundo a delegada Rhaiana Bremenkamp, responsável pelas investigações, não tem nenhum tipo de autorização para a atividade. A polícia calcula que no local havia cerca de R$ 500 mil em chapas de granito compradas de forma ilegal.
A denúncia sobre a ação criminosa dos irmãos chegou à Defa nesta semana. Um empresário do ramo de rochas ornamentais de Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado, procurou a polícia para informar que vendeu vários carregamentos de granito para um homem, que se identificou como Arnaldo. No entanto, a vítima alega que não conseguiu receber o pagamento pelo produto, cerca de R$ 150 mil.
“Um funcionário dessa empresa estava em Vitória e resolveu ir ao galpão onde eles entregaram essa mercadoria. No local, ele verificou que estava havendo uma mudança, que estavam transportando essas chapas. Conversando com populares, ele descobriu que aquele galpão não pertence a nenhum Arnaldo”, disse a delegada.
Etiquetas afixadas nas chapas de granito encontradas no galpão indicam que as pedras são as mesmas compradas em Cachoeiro de Itapemirim. O valor de mercado do produto é de cerca de R$ 80 o metro quadrado, mas no local, segundo a polícia, as pedras eram vendidas por cerca de R$ 30 o metro quadrado, sem nota fiscal.
Felipe e Franciele foram presos em flagrante e autuados por associação criminosa e receptação qualificada. Eles foram encaminhados para o Centro de Triagem de Viana.
No galpão, os policiais também apreenderam um carro preto, coincidentemente alvo de outra investigação. O veículo, que, segundo as investigações, foi comprado com documentos falsos, é uma peça de um quebra-cabeças que a polícia está tentando montar.
“Ele [o carro] é objeto de investigação porque ele foi adquirido por meio de um financiamento fraudulento. A pessoa adquiriu esse veículo com documento falso e há mais nomes falsos na cadeia sucessória de venda, que é do mesmo estelionatário. São nomes que esse mesmo estelionatário utiliza. Isso tudo demonstra que essa associação criminosa realmente pode ser maior e pode estar cometendo maiores crimes do que esses que a gente já apurou até agora”, afirmou Rhaiana Bremenkamp.