Polícia

Jovem com tornozeleira eletrônica é assassinado a tiros na Serra

Igor da Silva Amaral, 19 anos, foi morto no bairro Jardim Atlântico. Segundo testemunhas, quatro homens de bicicleta se aproximaram da vítima e efetuaram os disparos

Crime aconteceu na avenida principal de Jardim Atlântico Foto: TV Vitória

Um rapaz que usava uma tornozeleira eletrônica foi assassinado a tiros, nesta quinta-feira (14), no bairro Jardim Atlântico, região da Grande Jacaraípe, na Serra. Igor da Silva Amaral, de 19 anos, foi morto na avenida principal do bairro.

De acordo com testemunhas, quatro homens que estavam de bicicleta se aproximaram da vítima e efetuaram os disparos. Eles fugiram e, até o momento, não foram localizados.

Familiares de Igor estiveram no local do crime e ficaram desolados ao saberem da morte do rapaz. Eles disseram que o jovem tinha passagem pela polícia, mas não souberam informar por qual crime ele havia sido preso.

Agentes da Guarda Municipal, além de policiais militares, estiveram no local. O corpo de Igor foi levado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória. 

A polícia desconfia que o homicídio esteja relacionado ao tráfico de drogas na região. O caso vai ser investigado pela Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) da Serra.

Quem tiver qualquer informação que possa ajudar o trabalho da polícia deve entrar em contato com o disque-denúncia, pelo telefone 181. Não é preciso se identificar.

Uso da tornozeleira no Estado

A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) informou, por meio de nota, que atualmente 182 pessoas são monitoradas eletronicamente no Espírito Santo e vigiadas 24 horas por dia por funcionários treinados, em uma central de videomonitoramento. De acordo com a Sejus, esse número representa 0,98% do total de pessoas presas atualmente no Estado, que é de 18.471.

A secretaria destacou também que, desde que o monitoramento eletrônico foi implantado, apenas 3,3% dos monitorados foram flagrados cometendo novos crimes. Segundo a Sejus, o índice de usuários da tornozeleira que descumpriram as determinações da Justiça é, em média, de 25%. No entanto, a secretaria salienta que nem todas as situações configuram interrupção do monitoramento, já que, a qualquer sinal de problema, a central de monitoramento entra em contato por telefone com monitorado e, na maioria das vezes, ele retorna à rotina de monitoramento.

A Sejus frisou ainda que a determinação do uso da fiscalização eletrônica é definida pelo poder judiciário e a maior parte das determinações do uso em presos provisórios  ocorre após a realização de uma audiência de custódia, iniciativa que garante a apresentação de presos em flagrante a um juiz de plantão no prazo máximo de 24 horas após a prisão.