Mais uma mulher é agredida no Espírito Santo. Desta vez, a vítima é uma jovem, de 23 anos, que afirma ter sido enforcada e teve o corpo queimado por um cigarro. O agressor seria o namorado com quem a mulher estava junto há cerca de um mês.
De acordo com a vítima, os dois se conheceram em um ponto de ônibus. A jovem esperava o coletivo quando o rapaz, de 28 anos, apareceu e começou a puxar assunto. Os dois decidiram se conhecer melhor. “Ele fez um convite para mim ir na igreja dele. Eu fui e gostei. Ele tinha um papo muito bom e parecia ser uma pessoa boa”, contou a jovem.
Segundo a mulher, o homem trabalhava como ambulante em um terminal da Grande Vitória. Ele morava sozinho, em Cariacica, e aparentava ser uma pessoa tranquila e amorosa. Mas, segundo ela, não demorou muito para a máscara do suspeito cair. Em cerca de um mês de relacionamento, o homem começou a apresentar um comportamento abusivo.
“Eu sai para comprar um creme na farmácia. Ele não disse que ia e eu também não chamei. Como eu estava sem máscara, não pude entrar. Então, conversei com o vigilante para ele comprar o creme para mim. O meu namorado me seguiu, ficou me observando e não gostou daquilo”, disse.
Depois de ser perseguida até a farmácia, a vítima percebeu que o namorado era muito ciumento. Mesmo assim, decidiu continuar na casa do suspeito. Algumas horas depois, o homem teria provocado uma nova confusão. “Ele pegou meu celular, jogou no chão várias vezes até ficar destruído”.
A jovem conta que foi agredida várias vezes e, na maioria, o suspeito cometia o crime sem fazer barulho, para não chamar a atenção das pessoas. “Até que ele colocou a mão no meu pescoço e disse para contar com quem estava conversando. Eu pedi para ele parar. Disse que estava conversando com meus pais, mas ele não acreditou. Ele estava fumando um cigarro e foi aí que pegou e colocou na minha barriga”, revelou.
A mulher afirma que quando foi queimada com cigarro, decidiu gritar e, neste momento, foi socorrida pelos vizinhos. A mulher e o suspeito foram encaminhados para a Delegacia da Mulher. O homem foi ouvido e levado para o presídio. Na audiência de custódia, a juíza que analisou o caso decidiu converter a prisão em flagrante em prisão temporária.
*Com informações da repórter Marla Bermudes, da TV Vitória/Record TV.