Um jovem de 23 anos, suspeito de chefiar o tráfico de drogas no bairro Ilha do Príncipe, em Vitória, foi detido na manhã desta terça-feira (22).
O rapaz identificado como Adielson Pereira da Silva Júnior, o Juninho, também é suspeito de envolvimento na morte do traficante Diógenes Vieira Rocha e na tentativa de assassinato de Gabriel Barbosa Aliprandi. O crime aconteceu no dia 22 de fevereiro deste ano, em Vila Independência, no município de Cariacica. Juninho estava com mandado de prisão preventiva em aberto.
O jovem foi localizado no bairro Ilha do Príncipe, durante uma operação da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, quando foram cumpridos 14 dos 19 mandados de busca e apreensão. O alvo inicial dos policiais eram os três suspeitos de participação na morte do traficante Allan Ferreira do Amaral, de 23 anos. Ele foi assassinado a tiros no bairro Bubu, em Cariacica, no dia 17 de maio deste ano.
De acordo com os policiais, Juninho ainda teria ligação com os suspeitos de matar Allan Ferreira. Detido, o jovem chorou e pediu desculpas à família. “Peço que eles me perdoem por tudo que eu fiz, por esse sofrimento, essa vergonha. Estou sendo acusado, mas não matei o Allan”, disse.
Armas de sargento são apreendidas
Um sargento da reserva da Polícia Militar teve duas armas apreendidas durante a operação da DHPP na manhã desta terça-feira (22).
O militar Luis César Azevedo também é comerciante e pai de um dos três suspeitos de envolvimento na morte do traficante de drogas, Allan Ferreira do Amaral, de 23 anos. Ele discordou de como os policiais agiram durante a operação. “Estou aqui desde cedo, sem café, deixando de trabalhar. Eu não acho correta a forma como foi feita a apreensão. Eles incomodaram todo mundo e procuraram uma pessoa que não está no endereço. Eu abri as portas, facilitei a entrada deles e de certa forma, fui castigado por um crime que não cometi, não tenho nada a ver, não mexo com nada de errado, tenho consciência da minha idoneidade”, afirma.
Uma pistola 765 e um revólver calibre 38, que pertencem ao sargento, foram apreendidos. O militar não concordou com a retenção das armas. “Eu concordo com a busca, já que eles têm um mandado para o endereço. O que eu não concordo é que apreendam meus pertences e não queiram me dar um comprovante de que isso foi apreendido”, disse.
O delegado responsável pela operação, Marcelo Cavalcanti, vai encaminhar a pistola e o revólver para a equipe de perícia da Polícia Civil para saber se as armas têm ligação com o crime.
Segundo o sargento da reserva as armas são totalmente legalizadas.