Polícia

Jovem usa redes sociais para denunciar padrasto: 'Era abusada sexualmente de todas as formas'

Os relatos publicados por Eva também incluem os abusos causados à sua mãe e irmã

Foto: Reprodução / Instagram

Uma jovem de 21 anos usou as redes sociais para relatar os abusos sofridos pelo padastro. No relato, detalhado em cinco publicações, a Eva Luana narra cenas de tortura e abuso sexual as quais era submetida, diariamente, desde os 12 anos.

“Era abusada sexualmente de todas as formas possíveis. Era obrigada a tomar bebidas até vomitar e quando vomitava tinha que tomar o próprio vômito como castigo.”

Em outro trecho da publicação, Eva conta que aos 13 anos denunciou a violência, porém o caso não foi investigado e o padrasto voltou com os abusos.

“Quando eu fiz 13 anos denunciei. Nessa denúncia eu tinha certeza que seria salva por todos. Mas não foi isso que aconteceu. O Estado falhou a tal ponto que o meu caso não chegou nem ao Ministério público.” Lamentou, a jovem.

O padrasto, identificado como Thiago Oliveira Alves, foi preso pela Polícia Civil no dia 13 de fevereiro e negou todas as acusações. O caso está sendo investigado pela delegada Florisbela Rodrigues, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), na cidade de Camaçari, Bahia.

Ministério público da Bahia emite nota de esclarecimento

Em relação ao caso da jovem Eva Luana, que relatou ser vítima de diversos crimes cometidos pelo padrasto Thiago Oliveira Alves, o Ministério Público do Estado da Bahia informa que foi oferecida denúncia contra o acusado em 11 de fevereiro, por todos os crimes narrados pela vítima. A Instituição recebeu o inquérito da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) no dia 07 e realizou a oitiva da vítima no dia 08. Foram também requeridas pelo Ministério Público a medida de busca e apreensão de provas e a prisão preventiva do acusado, que foi cumprida no último dia 13. Além da promotora de Justiça Anna Karina Senna, substituta na Promotoria de Justiça de Camaçari, mais cinco promotoras de Justiça foram designadas para atuarem na análise do referido inquérito. O processo penal encontra-se em segredo de justiça por força de lei.