A Justiça concedeu, na terça-feira (03), prisão domiciliar para as advogadas Luezes Makerle da Silva Rocha Izoton e Gabriela Acker. As duas foram presas no dia 20 de agosto, por suspeita de atuarem na transmissão de mensagens de dentro de um presídio no Espírito Santo para organizações criminosas.
As duas advogadas estão presas na Penitenciária Feminina de Cariacica. De acordo com a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), a unidade prisional já realiza os trâmites para a liberação das duas.
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Relembre o caso
As duas advogadas foram detidas durante a operação “Ponto Cego”, do Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nuroc). Segundo as investigações, os recados que teriam sido repassados pelas suspeitas eram enviados por meio de cartas e entregues por elas a indivíduos ligados ao crime.
Além das mulheres, um homem que estava com liberdade provisória também foi detido. Ele já havia sido preso por homicídio e porte ilegal de arma e teria recebido uma carta de uma das advogadas. De acordo com policiais do Nuroc, as cartas chegaram até a policia por meio de denúncias anônimas. Um inquérito foi instaurado em abril para apurar o caso.
A Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES) vem acompanhando a situação das advogadas e chegou a pedir à Justiça para que elas fossem custodiadas em Sala de Estado Maior ou em regime de prisão domiciliar. No entanto, em duas ocasiões a Justiça negou o pedido de liberdade para as duas advogadas.