Dois homens acusados de tentativa de homicídio contra policiais rodoviários federais, em períodos diferentes, foram condenados pela Justiça no Espírito Santo a penas que variam de 7 a 11 anos de prisão. O julgamento dos réus aconteceu em dias alternados.
Na última terça-feira (21), por exemplo, Kim Jun Pereira de Jesus foi condenado por atirar contra dois agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) com a intenção de matar. O caso aconteceu no ano passado.
Durante o julgamento, o Tribunal do Júri acolheu a denúncia ofertada pelo Ministério Público Federal no Estado (MPF-ES) e condenou o réu a todos os crimes imputados na peça de acusação, entre eles tentativa de homicídio com arma de fogo com numeração raspada e falsa identidade.
No caso de Kim, a pena foi fixada em 11 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, mas o MPF já recorreu para aumentar a condenação em relação ao crime de tentativa de homicídio.
De acordo com a denúncia do MPF, ele “portava considerável quantidade de drogas, bem como mantinha sob sua guarda, ilegalmente, arma de fogo de uso restrito”, que foi utilizada para efetuar os disparos contra os policiais.
Já o segundo julgamento, realizado na última quinta-feira (23), terminou com a condenação de Denys Alves Pereira a 7 anos, nove meses e 18 dias de prisão em regime inicialmente fechado.
Assim como Kim, Denys é réu em um processo que envolve tentativa de homicídio contra policiais rodoviários federais com disparos de arma de fogo. O crime imputado a ele ocorreu em 2014, em Viana, na Região Metropolitana.
Segundo dados do processo, Denys, que fugia de um assalto acompanhado de um comparsa, atirou contra os policiais, à época, no momento de uma abordagem policial na BR-262. Os tiros, no entanto, teria atingido somente a viatura em que estavam os agentes.
Participaram dos julgamentos, pelo MPF, o procurador da República Gabriel Campos, que atua no Espírito Santo, e o procurador Gustavo Torres Soares, integrante do Grupo de Apoio ao Tribunal do Júri, vinculado à Câmara Criminal do Ministério Público Federal.
A defesa dos acusados e condenados no processo não foram localizados para comentar a sentença. O espaço, no entanto, segue aberto para as devidas manifestações.