Um lanterneiro capixaba, de 49 anos, ficou quase dez horas preso por um crime que não cometeu. O caso foi em 2018 e só agora, em janeiro de 2020, a Justiça reconheceu que o homem é inocente e foi preso injustamente.
Andar tranquilamente pela rua, olhar para tudo em sua volta, conversar com as pessoas. Coisas simples da rotina de um cidadão que foram retiradas de Robson da Silva.
Robson estava conversando com amigos quando uma viatura da Guarda Municipal parou e abordou o grupo. Os guardas pediram para ver a documentação dos homens. Quando verificaram a identidade de Robson, viram que o constava em nome dele um mandado de prisão em aberto. Ele foi algemado e tratado como um criminoso.
Ele é lanterneiro há 20 anos, pai de quatro filhos e um homem trabalhador. Afirma que na hora que foi preso, falou para a guarda que aquilo era um erro.
Os agentes não se atentaram que o nome da mãe dos homens era diferente e acabaram conduzindo Robson por engano. Ele foi colocado em uma cela, junto com criminosos.
A prisão ocorreu por volta das 7h30, e ele só foi liberado às 17h, quase dez horas depois. A família teve que se desdobrar para conseguir provar que ele era inocente.
A advogada que cuida do caso entrou com uma ação contra o Estado em março de 2019 e só agora, em janeiro de 2020, um juiz determinou que o Estado deve indenizar o lanterneiro. O Estado ainda pode recorrer da decisão.
Por meio de nota, a Guarda Municipal de Vitória informou que segue procedimentos durante as abordagens, para que seja garantida a eficacia e segurança dos agentes e das pessoas.
Com informações da repórter da TV Vitória, Marla Bermudes.