
Os réus denunciados pela prática de crimes bárbaros na “Chacina da ilha”, ocorrida na Ilha da Pólvora, área próxima à Santo Antônio, em Vitória, no dia 28 de setembro de 2020, serão julgados pelo tribunal do júri, no Fórum Criminal de Vitória, nesta segunda-feira (14).
Seis jovens estavam na praia da ilha quando foram confundidos com integrantes de uma facção criminosa. Três deles morreram por disparos de arma de fogo ainda no local e um deles foi socorrido, mas morreu logo após. Outros dois jovens ficaram feridos, mas sobreviveram após receber atendimento médico.
Os denunciados são:
- Felipe Domingos Lopes, conhecido como “Cara de Boi” ou “Boizão”;
- Victor Bertholini Fernandes, o “Vitinho”;
- Werick Sant’Ana dos Santos da Silva, chamado de “Mamão”;
- Adriano Emanoel de Oliveira Tavares, apelidado de “Balinha” ou “Bamba”.
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Eles foram denunciados pelo Ministério Público pelos crimes de homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado, corrupção de menores e associação para o tráfico de drogas. A pedido do MP, os réus estão presos preventivamente.
O Ministério Público também requereu, na denúncia, a fixação de indenização mínima por danos materiais e morais às famílias das vítimas, além da condenação dos denunciados pelos crimes praticados.
O crime, praticado durante o período de calamidade pública devido à pandemia de Covid-19, foi causado pela rivalidade entre facções ligadas ao tráfico de drogas. A investigação do MP apontou que os envolvidos integravam uma associação criminosa e cometeram os homicídios como forma de intimidação e demonstração de poderio bélico.
Os réus praticaram o crime com a ajuda de um adolescente, e executaram quatro pessoas, além de tentarem matar outras duas, com armas de fogo.
O jovens que morreram:
- Pablo Ricardo Lima Silva
- Wesley Rodrigues de Souza
- Yuri Carlos de Souza Silva
- Victor da Silva Alves