Cleilton Santana dos Santos, ex-namorado acusado de matar a enfermeira Íris Rocha, grávida de 8 meses, será julgado por feminicídio. A informação foi confirmada ao Folha Vitória pelo assistente de acusação, que representa a família de Íris, o advogado Fábio Marçal.
Íris Rocha foi brutalmente assassinada com quatro disparos por arma de fogo e teve seu corpo jogado em um terreno, onde foi despejado cal desidratado, com o objetivo de ocultar a localização e agilizar o processo de decomposição. O corpo foi encontrado às margens da ES-383, em Iracema, Alfredo Chaves.
Leia também:
> “Matador de aluguel” é preso em apartamento em Vila Velha
> Suspeito usa documento de oito pessoas para sacar benefício do INSS
> Pai é preso em cemitério da Serra durante enterro do filho
“Prolongar isso [o julgamento] é prolongar também o sofrimento da família, que só espera por Justiça. Nenhuma decisão vai trazer ela de volta, porém, vai dar a paz e a tranquilidade para a família que a Justiça foi feita e ele vai ser punido pelo que ele fez”, disse o advogado.
Ainda segundo Fábio Marçal, Cleilton vai ser julgado por feminicídio, mas não vai responder com base na mudança da lei em outubro de 2024, que aumentou as penas pelo crime de 20 a 40 anos de prisão.
Como o fato ocorreu em janeiro de 2024, o acusado responderá com base na legislação da época. Se condenado, a pena varia de 13 a 30 anos de reclusão.
“A gente espera que não tenha nenhum tipo de recurso protelatório por parte da defesa e que o júri seja marcado o quanto antes para dar uma resposta à sociedade, não só para família. Isso dá uma resposta no sentido de que esse tipo de crime não fique impune”, completou.
O que diz a defesa
Ao Folha Vitória, a defesa do acusado, representada pelo advogado Rafael Almeida, disse que “solicitará ao magistrado alguns esclarecimentos pontuais da Pronúncia, sendo sanado, não haverá necessidade de recurso”. A defesa, no entanto, não detalhou quais elementos serão questionados.