
Magistrados e servidores do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-ES) participam de qualificação para utilizar uma nova ferramenta de Inteligência Artificial chamada de Chat JT. O início das oficinas foi no dia 24 de março e o encerramento ocorreu na sexta-feira (04).
A ferramenta será utilizada para agilizar processos de forma mais rápida e automatizada, de acordo com o TRT-ES. Isso inclui a otimização da elaboração de minutas, despachos e outras atividades administrativas.
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Inteligência Artificial: auxílio na rotina processual
Além disso, a IA também auxiliará na rotina processual, o que inclui revisão de textos, aprimoramento de argumentos jurídicos, análise de documentos processuais, apoio à conciliação e elaboração de decisões.
Segundo o desembargador Valério Heringer, as pesquisas tiveram início em setembro do ano passado e a utilização da ferramenta já ajudou a diminuir custos operacionais e otimizar o tempo dos profissionais.
“Capaz de automatizar uma série de atividades, que antes nós fazíamos a um custo muito elevado de tempo e de gastos de estrutura física e de pessoal, para realizar determinados tipos de atividades que hoje fazemos automaticamente“, disse.
Reconhecimento de voz
Como forma de ganho de tempo e automatização de trabalho, o desembargador cita a ferramenta de degravação de depoimentos em audiência, que identifica falas e categoriza trechos automaticamente.
A ferramenta é utilizada para captar falas de participantes das reuniões e as converter em arquivos de texto, que podem ser acessados depois das sessões. Além disso, a degravação é capaz de identificar as vozes dos presentes.
Nosso degravador também é impulsionado por inteligência artificial e recolhe tudo aquilo que é oralizado em audiência e decodifica em forma de textos, identificando o interlocutor. A Inteligência Artificial hoje já identifica pelo timbre de voz, determinado juiz ou juíza, informa.
O material captado pela IA é de uso exclusivo do tribunal e não será disponibilizado por meio da internet. Ainda assim, o magistrado relata que a ferramenta deve ser utilizada com cautela pelos servidores.
“É fundamental que os usuários façam um juízo crítico das respostas geradas, garantindo que o resultado esteja alinhado com a necessidade do trabalho”, disse.