O laudo da necropsia indicou a morte do menino Nikael Andrade Araújo, de 8 anos, encontrado morto no Rio Doce, em Linhares, como indeterminada. A informação foi repassada nesta quinta-feira (5), por familiares, que estão revoltados com o resultado do exame do Departamento Médico Legal (DML), da Polícia Civil.
A criança havia desaparecido no dia 10 de agosto, quando brincava em frente de casa com amigos, no mesmo bairro. O corpo dele foi localizado no dia 14, em estado avançado de decomposição.
Leia também:
> Suspeito de participação na morte de taxista é preso no Sul do ES
> Após prisão de influencer, polícia cumpre mandados no ES e outros estados contra jogos de azar
> Foragido do Rio de Janeiro é preso na Dante Michelini, em Vitória
Segundo o documento, obtido pela reportagem do Folha Vitória, diante dos dados colhidos durante a necropsia e dos resultados, conclui-se que a causa da morte foi indeterminada. “Por não se ter encontrado vestígios e ou elementos para afirmar a causa da morte, devido ao estado de putrefação”.
Além disso, no laudo foi destacado que, “a data do óbito ocorrida há mais de cinco dias e há menos de trinta dias, ao se considerar a data de 14 de agosto de 2024”.
Em contato com Folha Vitória, a irmã do menino, Iara Costa Andrade, de 22 anos, descreveu a situação como “revoltante”.
“Estou com o laudo e deu como morte indeterminada, mas não tem como isso, meu irmão não morreu do nada. Não encontraram nada no corpo dele, isso não está certo”, disse Iara Andrade.
Durante a conversa, Iara também explicou que durante a tarde desta quinta-feira (5), estava resolvendo os trâmites para a liberação do corpo e preparação do funeral. Além disso, afirmou que a família quer justiça.
>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe do nosso canal do Telegram!
Relembre o caso
Nikael desapareceu no dia 10 de agosto e, de acordo com informações que a Polícia Civil investiga, ele teria entrado no carro de um desconhecido, que ofereceu doces para as crianças que estavam brincando na rua.
O corpo foi encontrado longe da margem do rio, em uma área de difícil acesso, onde é preciso utilizar barcos para chegar.
No entanto, a polícia ainda não tem uma linha de investigação definida. Está atrás de câmeras de segurança da região e outros elementos que podem contribuir para o avanço das investigações do caso.
