O pastor Márcio da Vitória, pai do jovem Matheus Vinicius da Rocha Silva, assassinado no início da noite de quinta-feira (24), em São Pedro, Vitória, contou que pediu para que o filho não saísse de casa no crime.
“Liguei para ele hoje às 15 horas e falei: ‘meu filho, não sai de casa não. Nós estamos conversando com o pessoal dos Estados Unidos. Vou tirar seu passaporte e você vai para lá trabalhar, vai viver uma vida diferente’. Ele ficou todo feliz. Mas, infelizmente, ele saiu agora no final do dia para jogar bola e fizeram essa covardia com ele”, disse ele, em entrevista à TV Vitória/Record TV.
O rapaz de 20 anos foi morto a tiros no parque conhecido como Chiqueirão. O pastor disse que, assim que soube que o filho havia sido baleado, foi até o local e ainda o encontrou com vida.
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Ele colocou o filho no carro e o levou até o Pronto Atendimento de São Pedro, mas o rapaz não resistiu e morreu assim que chegou `à unidade de saúde.
Jovem se converteu em novembro de 2021
O pai contou que o jovem já teve envolvimento com drogas, mas havia se convertido e se batizado nas águas em novembro do ano passado.
“A dor não tem como expressar. O meu filho foi criado no evangelho, na igreja, embora tenha tomado outros caminhos. As amizades influenciaram, levaram ele a tomar caminhos tortuosos, como todos os jovens hoje estão tomando. E o fim dele é isso aí: sepultura”, lamentou.
“Tentei o máximo que pude para que ele não vivesse essa vida. Embora ele não estivesse no tráfico pesado, mas o envolvimento também de pessoas que fazem parte acabou tirando a vida do meu filho”, completou.
O pai da vítima disse que, apesar do envolvimento que o filho teve com o mundo das drogas, era uma pessoa tranquila e sem maldade no coração.
“Era uma pessoa maravilhosa. Quem matou ele foi um covarde. Mas Deus é justo e eu oro pela alma dessa pessoa que fez isso. Ele era uma pessoa que não tinha malícia, era uma pessoa inocente. É claro que a vida do crime não é para ninguém, mas tem pessoas que não nasceram para aquilo, porque a mente não é maldosa”.
O pastor disse ainda que o filho se envolveu em uma discussão, na noite anterior, mas preferiu não especular qual pode ter sido a motivação do crime. “Ele discutiu com uma pessoa ontem à noite e hoje estava no lá no campo. Então ele não tinha maldade na mente”.
Em nota, a Polícia Civil informou que o caso seguirá sob investigação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória.
Até o momento, nenhum suspeito foi detido e detalhes da investigação não serão divulgados, por enquanto.
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