Uma loja de móveis de Bento Ferreira, em Vitória, foi invadida por criminosos quatro vezes, apenas neste ano. Além das mercadorias que foram levadas, na madrugada desta segunda-feira (5) os criminosos também retiraram os fios de cobre das calçadas. Para realizarem o furto, pedaços de concreto foram arrancados do chão.
Funcionários ficaram assustados quando chegaram para trabalhar. “Quando você chaga você tem essa surpresa, ou você é acordada na madrugada. Já aconteceu até de taxista seguir bandido e ligar para a polícia avisando”, contou a comerciante Alda Maria Couto.
O último arrombamento aconteceu no mês passado. Bandidos quebraram a porta de vidro e levaram várias peças de decoração. O prejuízo foi de mais de R$2 mil. “O pessoal do alarme me ligou avisando que haviam arrombado a loja. Eu cheguei e começamos a dar falta de algumas peças de decoração e eu precisei reforçar a segurança da loja”, disse.
Para tentar coibir a ação dos criminosos, a comerciante reforçou a segurança. Foi instalado um portão de ferro na entrada da loja. A proteção ajudou, mas os criminosos acabaram furtando a fiação de cobre que fica na parte de fora do estabelecimento. Cabos que ficavam nos postes, e até mesmo por baixo da calçada, foram levados. Todo o quarteirão chegou a ficar sem o serviço de telefonia durante um dia inteiro.
A comerciante acredita que os crimes na região são cometidos por usuários de drogas e moradores de rua. Ela já denunciou os furtos à polícia, mas disse que não recebeu o apoio esperado. “A polícia sempre diz que não pode fazer nada, pois se pega alguém cometendo crime eles até fazem, mas é coisa de momento. É pegar num dia e soltar no outro”, afirmou.
Cansada de tanto prejuízo, Alda pede, além de reforço no policiamento, a contribuição da prefeitura para retirar essas pessoas das ruas e reduzir a criminalidade na região. “Essa parte eles dizem que é da assistente social, mas nunca vieram na minha porta para perguntar o que está acontecendo”, destacou.
A Polícia Militar informou que trabalha com a Polícia Civil e a Guarda Municipal no combate aos crimes contra o patrimônio, mas segundo a PM, como a maioria dos arrombamentos é cometida por moradores de rua e usuários de drogas, este problema deixou de ser apenas de segurança e já é uma questão de saúde pública e social. Por isso, a PM disse que a prefeitura deve ser procurada.
A Secretaria Municipal de Assistência Social informou que o serviço especializado em abordagem social monitora a região diariamente e que essas pessoas são acompanhadas pelas redes socioassistenciais do município.