Polícia

Mãe de irmãos carbonizados vai para presídio de MG antes de ser transferida para Linhares

Juliana estava hospedada na casa de um pastor, que também é advogado

Mãe de irmãos carbonizados vai para presídio de MG antes de ser transferida para Linhares
Juliana foi presa nesta quarta-feira / Foto: Reprodução TV Vitória

A mãe dos irmãos Kauã, de seis anos, e Joaquim, de três anos, que morreram carbonizados, será encaminhada para um presídio de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, antes de ser transferida para Linhares. Juliana Pereira Salles Alves, de 27 anos, foi presa na cidade mineira na madrugada desta quarta-feira (20). No início da tarde uma advogada chegou na delegacia onde ela estava para acompanhar a prisão.

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Juliana estava hospedada na casa de um pastor, que também é advogado, mas até o momento ele não apareceu na delegacia. A prisão dela foi decretada na última segunda-feira (18). Quando os policiais do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Linhares foram cumprir o mandado, não encontraram ela na cidade. Ao descobrir que ela estava em Teófilo Otoni, a Polícia Civil de Linhares entrou em contato com a Polícia Civil local e a prisão foi feita. 

A Justiça do Espírito Santo recebeu, na última segunda-feira, a denúncia feita pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça de Linhares, contra Georgeval Alves e Juliana Salles. O MPES também pediu a prisão preventiva deles, por prazo indeterminado, pelos crimes de duplo homicídio, estupros de vulneráveis e fraude processual. Georgeval responderá ainda pelo crime de torturas.

De acordo com o mandado de prisão expedido pelo juiz André Bijos Dadalto, da 1ª Vara Criminal de Linhares, ambos foram presos por homicídio qualificado. O advogado criminalista Rivelino Amaral disse que, com base no mandado, o Ministério Publico percebeu indícios de uma possível participação de Juliana Salles na morte dos filhos. Inicialmente, a Polícia Civil do Espírito Santo descartou qualquer participação de Juliana no caso.

“Pela imputação de homicídio qualificado, tudo indica que há indícios de autoria, de materialidade. O promotor do Ministério Público, provavelmente, encontrou elementos de uma possível participação, de conhecimento do fato, enfim, algum tipo de participação da Juliana. Por esse motivo, o juiz, ao receber os autos, decretou a prisão preventiva dela”, disse o advogado.

Rainy é pai de Kauã de seis anos / Foto: Reprodução TV Vitória

Revolta

Após a prisão de Juliana Salles, Rainy Butkovsky, de 31 anos, pai de Kauã, de 6 anos, afirmou que todos os envolvidos nesse crime vão pagar. Ele disse ainda que foi nomeado um assistente de acusação para estar em Linhares atuando no caso.

“Já era esperada a prisão da Juliana. Eu nunca aceitei essa situação. Temos o caso da Vitória em São Paulo, que a mãe se apresentou muito calma e ela foi denunciada rapidamente já no início do caso. Nomeamos um assistente de acusação para estar em Linhares. Espero que mais seja revelado e que quem teve envolvimento direto e indireto pague. Vai pagar, porque Juliana é safada, George é safado e perverso, e ela é perversa também”, destacou o pai da criança.