Polícia

Mãe de venezuelano morto em Vitória diz que não tem dinheiro para voltar para casa

Ela tenta conseguir autorização para cremar o corpo do filho e conseguir levar para a Venezuela

Mãe de venezuelano morto em Vitória diz que não tem dinheiro para voltar para casa

A mãe do jovem venezuelano morto a facadas em Vitória falou pela primeira vez para uma equipe de reportagem. Ela relatou o drama de não saber como fazer para cremar o corpo do filho e voltar à Venezuela. Além disso, ela diz estar aflita por não saber o motivo da morte do único filho.

“Eu não sei e me pergunto o que aconteceu, pois para mim ele sempre foi muito tranquilo. Toda vida ele foi tranquilo. Nunca foi problemático”, contou Ângela Providência David.

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A mãe de Marcelo Migel David, que tinha 29 anos, contou que ele veio para o Brasil há dois anos como refugiado a procura de uma vida melhor do que tinha na Venezuela, que passa por uma crise política e econômica. Mesmo ganhando pouco como ajudante de cozinha, ele ainda ajudava financeiramente a mãe, que está desempregada há dois anos. Quando soube da notícia, Ângela contou que veio para o Brasil assim que conseguiu dinheiro para comprar a passagem.

Após o luto, o desafio de Ângela agora é outro: liberar o corpo do filho que ainda está aqui no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, cremá-lo, e levar as cinzas para as últimas homenagens da família, que está na Venezuela.

Para chegar ao Brasil, Ângela diz que não recebeu nenhum apoio do governo venezuelano, e agora está na casa de amigos do filho. Sem dinheiro, ela não sabe como voltar à Venezuela e nem como cremar o corpo do filho. “Preciso de donativos. Necessito que me ajudem, pois não tenho dinheiro, não tenho passagem, não tenho nada”, afirmou.

O venezuelano trabalhava em um restaurante no bairro República, em Vitória. Marcelo foi morto a facadas e o corpo encontrado no quarto onde morava de aluguel. Ainda não se sabe a motivação do crime e nem quem cometeu o assassinato.

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