Polícia

Mãe é presa por agredir a filha de seis anos com dificuldades no dever de casa

A mulher, de 29 anos, agrediu a filha, que estava com dificuldades nos estudos. Marido e vizinhos afirmam que agressões são frequentes

Mulher de 29 anos foi presa pelas agressões contra a filha. Foto: Reprodução/ TV Vitória
Mulher de 29 anos foi presa pelas agressões contra a filha. Foto: Reprodução/ TV Vitória

Uma mulher de 29 anos foi presa na última quinta-feira (24), no bairro Universal, em Viana, após ser flagrada agredindo a filha de seis anos por ela ter dificuldades em fazer o dever de casa. Segundo testemunhas, as agressões duraram cerca de duas horas e não foram um episódio isolado.

A Polícia Militar foi acionada por vizinhos, que ouviram gritos durante a tarde de quinta. Ao chegarem no local, os agentes encontraram a criança com diversas marcas nas costas e nas pernas. O Conselho Tutelar foi chamado e determinou o acolhimento da menina pelo avô paterno.

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De acordo com relatos de familiares e moradores da região, a mulher, que atua como designer de unhas, já teria agredido repetidamente a filha de seis anos e outra filha, de nove anos, que atualmente não vive mais com ela.

O marido da suspeita, padrasto da menina de seis anos e pai do filho caçula, uma criança de menos de dois anos, também relatou que a esposa costuma agredir os filhos por qualquer motivo.

Nada justifica o que ela faz. Ela pede para guardar o celular. Daqui a pouco, duas horas, o celular não está lá. A menina esqueceu onde colocou. Bate também, contou o marido, exemplificando os gatilhos das agressões.

A filha mais velha, de nove anos, já vive sob a guarda do pai, medida também tomada pelo Conselho Tutelar anteriormente.

Já o filho mais novo também teria sido alvo de agressões recentes, segundo o pai. Em um dos episódios, ele foi espancado por insistir em continuar brincando, sendo protegido pelo próprio pai, que interrompeu a ação.

Vizinhos relataram que os episódios de violência eram frequentes, muitas vezes ocorrendo até de madrugada.

As surras, segundo eles, duravam cerca de duas horas, deixando a menina sem fôlego e bastante machucada. Na quinta-feira, os vizinhos optaram por acionar a polícia, entendendo que o episódio foi mais grave.

O marido da suspeita afirmou já ter buscado ajuda psicológica e psiquiátrica para a mulher, mas ela se recusou a seguir tratamento.

A mãe se defendeu das acusações e disse estar arrependida.

“Eu vinha recebendo muitas reclamações da minha filha na escola e acabei a corrigindo demais. Não foi nada disso que aconteceu. Eu sei que eu estou errada. Eu não sou esse tipo de mãe, até porque eu crio ela sozinha. Realmente, ontem eu perdi a cabeça, disse a suspeita.

Após prestar depoimento, a mulher foi encaminhada à delegacia e, em seguida, conduzida ao presídio.

O caso segue sob investigação da Polícia Civil e o Conselho Tutelar acompanha o processo, tendo já determinado medidas de proteção para as três crianças envolvidas.

*Com informações da repórter Marla Bermudes, da TV Vitória/Record