Um casal suspeito de matar o próprio filho, de apenas três meses, por asfixia mecânica, foi preso temporariamente em Itapevi, na região metropolitana de São Paulo. Aline Nascimento Santos e Gabriel de Sousa Hyppolito, ambos de 24 anos, são investigados por homicídio duplamente qualificado.
Segundo o boletim de ocorrência, o pequeno Anthony Gabriel Sousa Santos deu entrada no Pronto Socorro desacordado, com hematomas pelo corpo e assaduras não tratadas. Depois, a equipe médica confirmou a morte do bebê e acionou a Polícia Militar.
Inicialmente, a mãe contou aos policiais que amamentou o filho e o colocou para dormir no carrinho, por volta das 4h. Antes de sair para trabalhar, duas horas depois, o marido dela percebeu que a criança não estava respirando. Segundo a mulher, o bebê se afogou no leite, pois tinha o costume de regurgitar.
No final da noite, o exame necroscópico do Instituto Médico Legal apontou que a causa da morte da criança foi por asfixia mecânica por sufocação indireta.
“O perito me disse que não havia leite no estômago, no esôfago ou nas vias aéreas, portanto, ele não se afogou. Ele tinha uma lesão na região do rosto que sugere um hematoma feito pela pressão de dedo, por isso [o perito] acredita que colocaram a mão na boca e no nariz”, disse o delegado Adair Marques Correa Junior ao R7.
Após o resultado do exame, a Polícia Civil solicitou a prisão temporária de 30 dias, que foi decretada pela Justiça. Em novo depoimento, a mãe confessou que matou o filho e disse que o marido não participou do crime.
“Coloquei a chupeta na boca dele e coloquei a coberta em volta do rosto por cima da chupeta. Apertei bem forte e coloquei ele de novo no carrinho, de bruços, ou seja, com a cabeça e a barriga para baixo”, descreveu Aline – que possui outro filho de 2 anos – ao delegado.
“Eu não estava mais aguentando ficar dentro de casa. Eu só pensava coisa ruim. Às vezes eu pensava em pegar uma faca e me matar”, disse a jovem. Durante depoimento, ela ainda revelou que, ontem, o bebê “chorava muito” e que “estava cansada de tudo”.
Apesar de ter enrolado a criança no cobertor e colocado de bruços no carrinho, a mulher afirma que não sufocou o filho nem usou a mão para apertar o rosto. Apesar de não ter participado diretamente do crime, o pai da criança sabia do crime e mentiu no primeiro depoimento, por isso ele também é investigado.
Até a publicação da reportagem, a defesa do casal não foi localizada.
Com informações do Portal R7.