As mesmas respostas que familiares de Thayná Santos, de 12 anos, procuram há quase um mês, dezenas de famílias capixabas também lutam para conseguir. O paradeiro desconhecido reacende todos os dias a esperança de que pessoas que compõem o quadro de desaparecidos da Polícia Civil sejam encontradas e retornem para casa com vida.
De acordo com o boletim divulgado pela Polícia Civil, de janeiro até setembro deste ano, 196 crianças e adolescentes, de 0 a 17 anos, desapareceram somente na Grande Vitória. Desses, 165 já foram encontrados -todos com vida- e 31 continuam desaparecidos.
Na faixa etária a partir de 17 anos, os números envolvem também óbitos. Nos nove primeiros meses de 2017, 291 pessoas desapareceram e 255 foram encontradas, sendo 15 deles sem vida e 30 que ainda não foram localizados.
Há 20 dias, a família de Darllan Pereira, de 19 anos, também procura por notícias do jovem. Segundo a mãe, Naira Nadja Pereira, ele está desaparecido desde o dia 21 de outubro, quando saiu para ir em uma festa em Colatina, noroeste do Estado.
“Ele saiu de São Vicente para uma festa, mas contaram que ele nem chegou a entrar nesse lugar. Nós estamos sem resposta nenhuma, a gente fica esperando alguma coisa, alguma notícia, mas não chega nada”, desabafa a mãe do rapaz.
Caso Thayná
Thayná Andressa de Jesus, de 12 anos, desapareceu após entrar no carro de um homem em Viana. O suspeito de sequestrar a adolescente é Ademir Lúcio Ferreira Araújo.
De acordo com a Polícia, ele tem passagem pela justiça por homicídio, roubo e estelionato. O suspeito estava preso e saiu em liberdade em dezembro do ano passado. O delegado José Lopes, responsável pelo caso, contou ainda que ele é suspeito também de envolvimento em um crime de abuso sexual.
O carro usado no dia do desaparecimento da menina foi apreendido no início da semana. O veículo foi localizado em Guarapari, na tarde da última segunda-feira (06) e estava com um vendedor de queijos, que disse tê-lo comprado por R$ 5 mil em Cobilândia, próximo à feira do bairro, em Vila Velha.