Polícia

Mais de 70 crimes em agências dos Correios no ES registrados em 2017

Dentre os crimes, estão 14 ocorrências de roubo de cargas, 12 arrombamentos e 28 assaltos

Mais de 70 crimes em agências dos Correios no ES registrados em 2017

Os casos de violências nos Correios do Espírito Santo estão aumentando nos últimos anos. Somente em 2017, foram registradas mais de 70 ocorrências relacionadas à agências no Estado. A informação do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios foram 14 ocorrências de roubo de cargas, 12 arrombamentos e 28 assaltos. Mais de 20 suspeitos de cometerem assaltos já foram identificados. No entanto, quatro ainda estão foragidos.

De acordo com a Polícia Federal a atuação de quadrilhas especializadas em assaltos à Correios vem crescendo cada vez mais no Espírito Santo. Entre os principais motivos, estão a crise econômica e a falta de segurança das agências.

Para o delegado Lorenzo Fontes, situações do tipo poderiam ser resolvidas. “Se houvesse a exigência de porta giratória e vigilante, a gente acredita que esse número seria reduzido a quase zero. Onde existem esses aparatos, não foram registados crimes do tipo”, disse.

A polícia também afirma que essas quadrilhas agem sempre da mesma forma. Os criminosos estão sempre armados, são muito violentos e cada um deles tem uma função durante os assaltos. “Eles fazem um levantamento prévio para ter certeza que a agência não tem vigilante ou porta giratória. No assalto, são três: um deles vai para o local do cofre, o outro vigia os funcionários e o terceiro aborda quem estiver entrando”, explicou o delegado.

Na última quinta-feira (21), a Polícia Civil prendeu Wagner Xavier Fernandes, 24 anos, suspeito de integrar uma quadrilha especializada em crimes nas agências dos Correios. A falta de segurança é uma das reivindicações dos trabalhadores dos Correios, que estão em greve desde o dia 20 de setembro no Espírito Santo, em outros 19 estados e no Distrito Federal.

O delegado reforça que a população pode ajudar a identificar e prender os responsáveis por esses crimes. “Se tiver qualquer informação, podem entrar em contato com a Polícia Federal. Precisamos dessa denúncia, mesmo que seja de forma anônima”, afirma.