Polícia

Mais de R$ 79 mil em notas falsas foram apreendidos no Espírito Santo em 2021

Neste ano, de acordo com a Polícia Federal, 19 pessoas foram presas no Estado por envolvimento no crime de nota falsa

Foto: Daniel Isaia/Agência Brasil

Somente neste ano, a Polícia Federal apreendeu mais de R$ 79 mil em notas falsas no Espírito Santo. Transportar, falsificar ou espalhar dinheiro falso pode resultar em longos anos de prisão.

Neste ano, de acordo com a Polícia Federal, 19 pessoas foram presas no Estado por envolvimento no crime de nota falsa. Cerca de 80 inquéritos foram instaurados. O superintendente da PF, Eugênio Ricas, ressalta que transportar, receber e produzir nota falsa é crime, que pode resultar em 12 anos de prisão.

“É crime e a pena é alta, de 3 a 12 anos de prisão. Então não é um crime bobo, às vezes as pessoas pensam que podem comprar de dinheiro falso. Estamos chegando na época de fim de ano, férias e pessoas querem viajar e estão sem dinheiro, Nisso, acham que pode ser uma oportunidade de conseguir um dinheiro extra, mas podem ganhar cadeia”, ressaltou. 

A maioria das apreensões aconteceu por meio dos Correios. Uma delas foi em Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado. Uma mulher, que recebeu o dinheiro, foi presa.

Identificação de notas falsas 

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A cada troca de valores, ao receber um pagamento ou troco vale a pena reservar uns minutinhos para identificar se a nota entregue é falsa,  principalmente notas mais altas como de R$50 e R$100.

Eduardo Estevão trabalha como caixa em um supermercado na Vila Rubim, em Vitória. A cada compra, usa as ferramentas disponíveis para identificar se a nota recebida tem valor.

Nesses casos, ele usa esse sensor com uma luz que ajuda a mostrar as características de uma nota falsa.

“Cada caixa tem o seu leitor com um luz que vai ajudar a identificar todas as notas. Com isso, consegue ver se a cédula tem o símbolo, desenho, a linha”, contou Eduardo.

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Cada comércio tem uma forma de identificar se uma nota é falsa ou verdadeira. Em supermercado do Estado, por exemplo, o cliente entrega a nota ao caixa, ele faz toda verificação sobre a nota e informa ao cliente se a nota tem origem em dúvida. 

Mas você também pode verificar se a nota é falsa, por meio da internet, no site do Banco Central. Confira o folheto com informações

“A pessoa vai ver elementos de segurança e, com uma rápida olhada no site, ela vai aprender a identificar uma nota falsa com a marca d’água, fio de segurança e textura do papel, que é muito importante. Hoje nós temos impressoras que são muito sofisticadas e as impressões são muito boas, mas a textura do papel é muito difícil de se obter”, explicou Eugênio Ricas. 

Assim que identificar a nota, segundo o superintendente da Polícia Federal é preciso chamar a polícia para que a nota entre nas investigações da PF.

“Quando nós temos os dados da nota, são utilizados para alimentar nossos bancos de dados, que nos ajudam a fazer investigações muito mais eficientes no âmbito nacional”.

Em nota, os Correios informou que mantém estreita parceria com todos os órgãos de segurança pública para prevenir o tráfico de itens proibidos, por meio do serviço postal. 

“Os entes que possuem a competência de fiscalização, autuação e apreensão, tais como Receita Federal, Polícia Federal, Exército, Ibama e entre outros, atuam em conjunto com a empresa na prevenção e combate à ocorrência de ilícitos. Os empregados atuam de forma diligente visando identificar postagens cujo conteúdo esteja em desacordo com a legislação. Quando algum objeto com conteúdo proibido ou ilícito é detectado, os Correios acionam os órgãos competentes.
A empresa possui métodos de monitoramento que são aprimorados, periodicamente, com base em informações apresentadas pelos órgãos de segurança e de fiscalização. Muitas das operações de combate a ilícitos começam por meio do processo de fiscalização não-invasiva (raio-x) dos Correios. As instituições parceiras são responsáveis por dar encaminhamento à operações investigativas, conforme o caso”, diz a nota.

*Com informações da repórter Milena Martins , da TV Vitória / Record TV.