O número de feminicídios no Espírito Santo em 2023 foi o mesmo do ano anterior, com 35 ocorrências. O crime é caracterizado quando é cometido contra mulheres exatamente por sua condição de mulher, é considerado um ato de ódio e discriminação.
Os dados foram repassados pelo secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, coronel Alexandre Ramalho, e pelo governador Renato Casagrande (PSB), em divulgação dos números de homicídios ocorridos no Estado durante o ano de 2023.
De acordo com Casagrande, há medidas em curso para remediar os números de feminicídios no Espírito Santo nos próximos anos, como o Projeto Papo Sério e o Grupo Reflexivo Homem que é Homem.
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Além disso, segundo o governador, há projetos de acolhimento a mulheres vítimas de violência, como a Patrulha Maria da Penha, que ganhará reforço de 1 mil novos policiais militares em 2024, e a instalação de Núcleos de Referência de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência – Margaridas.
“O que iremos fazer é fortalecer os programas que nós temos. Temos a Patrulha Maria da Penha, que vai ser intensificada com a chegada dos mil policiais, temos os programas da Polícia Civil, Homem que é Homem e Papo de Responsa, e começamos a abrir as Salas Marias. Além disso, queremos que em todos os municípios haja atendimento especializado para mulheres”, afirmou o governador.
Mortes de mulheres reduziram 8,3%
Apesar dos números iguais aos de 2022, quando se trata de feminicídio, os casos de homicídios contra mulheres tiveram queda em todo o Espírito Santo no ano passado.
Em 2022, foram registrados 96 homicídios. Já no ano passado, o número caiu para 88, o que representa uma redução de 8,3%.
Ainda sobre os perfis de homicídios cometidos no Espírito Santo durante 2023, a Sesp informou que 65% foram motivados por tráficos de drogas, 56% ocorreram em praça pública, 66% com características de execução.
Além disso, 53% dos crimes ocorreram em finais de semana, 79% deles cometidos por armas de fogo.
As vítimas são majoritariamente do sexo masculino, com 93% dos mortos, 80% pretos e pardos e 51% das vítimas tinham entre 15 e 29 anos.
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