Uma mulher foi agredida pelo marido na frente da filha, de 2 anos, do casal, na noite de terça-feira (21), no bairro Vale do Sol, em Viana. O suspeito tentou quebrar o braço da vítima, de 19 anos.
A jovem contou para a polícia que, por volta das 20h, pediu o telefone ao marido, que estava com ele desde sábado (18), para comprar comida para a filha do casal. Ela precisava da senha do aplicativo do banco, que estava salva no celular, para fazer a compra.
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Então, o marido, que trabalha como mecânico, partiu para cima da vítima. Ele tentou quebrar o braço direito da esposa e deu um soco no rosto dela.
A jovem saiu correndo com a filha no colo, buscou abrigo na casa de uma amiga e chamou a polícia. O suspeito fugiu e não foi encontrado.
A vítima contou que o marido pegou o telefone sem ela permitir no último sábado, após chegar em casa sob efeito de álcool e drogas. Com o telefone dela, ele saiu de casa e voltou no início da madrugada.
Depois, o suspeito cortou o cabelo da esposa com uma faca e ainda tentou cortar a orelha dela com um caco de vidro, na frente da filha do casal.
A mulher também disse à polícia que se mudou de Araçatiba, na Bahia, para Viana com o marido há cinco anos.
Nesse período, ela foi agredida física e verbalmente várias vezes, mas só agora teve coragem de denunciar o companheiro.
Ela pediu uma medida protetiva contra ele. O marido fugiu levando o telefone dela com a senha do banco e a identidade, que estava na capa do celular. Ela não pode nem ir ao banco pegar dinheiro, já que está sem documento. A Polícia Civil investiga o caso.
Caso semelhante no mesmo bairro
Uma moradora do bairro Vale do Sol, em Viana, também já foi agredida pelo marido e lamentou ver outra mulher sendo vítima do mesmo crime.
Eu vivi oito anos sendo espancada. Meu corpo é todo marcado. Botão do pânico, denúncias, tudo isso eu passei. Fui atrás na delegacia e não é bem recebido, normalmente é um homem que constrange mais ainda a mulher. Tem que mudar a lei, não adianta só fazer denúncia. Se não mudar a lei, não muda, desabafou a moradora.
Assim como a jovem de 19 anos, essa mulher também levou um soco no rosto, que quebrou o maxilar dela.
A moradora mandou um recado para outras mulheres: “O cara já dá sinais no começo de que ele vai ser agressivo. Ou ele segura ou controla a roupa, ou ele não deixa sair. Feche a porta no começo ou então vai ter que passar por isso. Fora isso, é denunciar”.