Uma pesquisa realizada por um aluno do Curso de Formação de Oficiais (CFO) do Instituto Superior de Polícia da Militar, orientada pelo Batalhão da Polícia Militar, buscou investigar o efeito do policiamento realizado por policiais à paisana na fiscalização da Lei Seca. A pesquisa apontou que, mesmo sabendo do aumento da fiscalização, os condutores continuam consumindo bebida alcoólica e dirigindo.
Ainda segundo a pesquisa, metade desses condutores afirmam que usam aplicativos de celular para localizar a fiscalização de trânsito. No ano de 2015, o BPtran flagrou 8.033 condutores dirigindo sob influência de álcool.
De acordo com a Polícia Militar, aproximadamente 67% dos entrevistados afirmaram que já beberam e dirigiram. O álcool foi mencionado por 219 condutores como o principal fator de risco.
A pesquisa também mostrou que 64% dos condutores, que são contra a fiscalização da Lei Seca, elencaram o álcool como um dos principais fatores de risco no trânsito. E muitos desses condutores afirmaram que bebem e dirigem e mesmo assim consideram o uso de álcool e a direção do veículo um risco para a segurança.
Dos entrevistados, 43 condutores disseram que costumam beber e dirigir e discordam dessa fiscalização. Contudo, ainda que discordem, a maioria (77%) admite que esse tipo de atuação previne acidentes de trânsito. Já cerca de 68% dos entrevistados concordam com a utilização de policiais à paisana na fiscalização da Lei Seca, visto que pode reduzir a sensação de impunidade e por se tratar de uma estratégia eficiente, tendo em vista que quem realmente bebeu é fiscalizado.
Além disso, 85% disseram que conhecem alguém que já foi flagrado na blitz da Lei Seca e 95% disseram que já viram ou ouviram falar da fiscalização, números que demonstram o grau de divulgação das operações na Grande Vitória, fato importante na redução da sensação de impunidade.
Segundo a PM, é importante frisar que 80% dos entrevistados acreditam que se beberem e dirigirem na Grande Vitória provavelmente serão flagrados em uma blitz da Polícia Militar, o que indica que os condutores “temem” a fiscalização por saberem que ele existe.
Foram entrevistados 388 condutores habilitados de um universo de 586 mil habilitados na Grande Vitória, conferindo à pesquisa uma margem de erro de 5% para mais ou para menos.