O comandante geral da Polícia Militar, Coronel Nylton Rodrigues Filho, foi notificado pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) nesta terça-feira (7) para que coloque as tropas na rua “vencendo eventual resistência e fazendo uso progressivo da força”.
Também foram notificados os comandantes regionais e oficiais das unidades de todo o Espírito Santo.
No documento, a Promotoria de Justiça junto à Auditoria Militar solicita que as tropas estejam na rua em quatro horas. Como as partes foram informadas por volta das 12h15, o prazo vence às 16h15.
Vencido o prazo, o MPES enfatiza que os militares que permanecerem aquartelados “devem ser nominalmente listados e encaminhados” à Promotoria de Justiça “para providências”.
Na notificação, o MPES considera que o movimento de familiares tem impedido a saída de militares dos batalhões para realizar o policiamento ostensivo e que é possível o envolvimento de militares no movimento, ainda que a conduta seja vedada pelo Código Penal Militar.
O órgão pontua possível participação das Associações Militares no custeio do movimento grevista e uma suposta omissão dos oficiais que, na visão do MPES, deveriam agir para vencer a resistência. O Ministério Público informou ainda “que adotará todas as medidas de responsabilização cíveis e criminais cabíveis contra todos os que contribuíram para os terríveis eventos que têm sido vivenciados pela sociedade capixaba nos últimos dias”.