O Conselho Regional de Odontologia do Espírito Santo (CRO-ES) vai investigar os profissionais envolvidos na morte de Kamila da Costa Quadra, de 35 anos, após ela realizar um procedimento dentário em uma clínica odontológica na Serra.
Segundo o CRO-ES, serão investigados: a clínica, na UPA e no Hospital Dório Silva. O órgão reforça que será respeitado o direito de defesa das partes.
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O procedimento foi realizado em 5 de fevereiro. Depois de alguns dias, Kamila começou a sentir muita dor, além de um grande inchaço no rosto.
A paciente procurou a clínica e foi orientada por uma dentista a usar medicação e a fazer bochechos. Além disso, ela teria sido instruída a procurar um cirurgião.
Kamila precisou ir até uma UPA para ser atendida, por conta das fortes dores. Kamila chegou a ser internada, ela foi transferida ao Hospital Estadual Dório Silva, onde passou por uma cirurgia no dia 21 de fevereiro, mas não resistiu.
O que dizem clínica e hospital
Em nota, a clínica odontológica onde Kamila realizou o procedimento dentário informou que se solidariza com a família, mas que não há relação entre o atendimento e o ocorrido com a paciente. Ainda segundo a clínica, todos os protocolos de atendimento foram respeitados.
A prefeitura da Serra, também por nota, confirmou que Kamila recebeu atendimento na UPA de Castelândia e que foi transferida ao Hospital Dório Silva no dia 19 de fevereiro.
O Hospital Dório Silva informou que lamenta o ocorrido e que Kamila deu entrada na unidade com um quadro infeccioso, para acompanhamento com a equipe de bucomaxilo, médica e cirúrgica. Na internação foi feito um tratamento inicial com exames e antibióticos.
Na mesma nota, o hospital informa que a cirurgia incluiu a aspiração de líquido para análise de cultura, a fim de identificar agentes infecciosos.
Durante toda a internação, a paciente recebeu acompanhamento contínuo da equipe de cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial, no entanto, mesmo com tratamento intensivo e monitoramento contínuo, a paciente não apresentou melhora esperada, evoluindo para óbito no dia 07 de março, informou o hospital por nota.
Polícia investiga o caso
A Polícia Civil informou que o caso é tratado como morte violenta, mais precisamente como homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
O caso segue sob investigação do 12º Distrito Policial da Serra. A apuração está em fase inicial, e um inquérito será instaurado para ouvir familiares, a dentista e os médicos que atenderam a vítima.
Além disso, será solicitado um parecer do Instituto Médico Legal (IML), da Polícia Científica (PCIES), sobre possível erro médico.