Em Vitória

Morte de porteiro envolve rituais de magia e relação com enteada

Arthur Vaz Rosa Marco, de 41 anos, foi assassinado no dia 13 de janeiro, no Morro do Romão. Um ex-inspetor penitenciário foi preso suspeito do crime

Morte em Vitória caso padastro
Arthur Vaz Rosa Marco foi morto a tiros e Olavo da Silva Nunes (destaque) preso pelo crime. Foto: Montagem Folha Vitória

A morte do porteiro Arthur Vaz Rosa Marco, de 41 anos, está envolta em uma trama de ciúmes, caso entre enteada e padrasto e rituais de magia. A Polícia Civil prendeu o ex-inspetor penitenciário, Olavo da Silva Nunes, de 45 anos, pelo homicídio.

As informações sobre o crime, registrado no dia 13 de janeiro, no Morro do Romão, em Vitória, foram repassadas nesta quarta-feira (5), em uma entrevista coletiva da Polícia Civil na Chefatura da Polícia.

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Morte de porteiro: relacionamento amoroso

Segundo a Polícia Civil, as investigações apontaram que o autor do crime mantinha um relacionamento amoroso com uma mulher.

Entretanto, segundo as investigações, o suspeito descobriu que não era o único homem na vida da mulher, já que ela mantinha um relacionamento com o padrasto Arthur.

Através dos elementos de informação do inquérito, identificamos que o Olavo tinha uma obsessão pela mulher, fazia rituais de magia. Encontramos vários desses rituais com o nome deles, data de casamento dos dois. Quando descobriu que ela tinha um caso com o padrasto dela, ele premeditou o homicídio, disse o delegado Moreno Gontijo.

Diante da situação, ao ficar obcecado pela mulher e furioso com a descoberta da traição, Olavo decidiu matar Arthur. Mas, antes do crime, ele recorreu a “rituais de magia” para ter a mulher só para ele.

“Eram rituais de magia de invocação. Em quase todos era presente o nome dela, ele botava o sobrenome de um com o sobrenome dela, invocando ‘alguns espíritos’”, destaca o delegado.

Como foi o dia do crime?

As investigações apontaram que, no dia do crime, Olavo seguiu de perto com a vítima. Como já trabalhou na segurança pública, o suspeito sabia manusear armas de fogo e atirou na cabeça do rival.

O corpo do homem ficou caído no quintal da enteada. A mãe da jovem, que era casada com a vítima, foi ao local e descobriu a traição da própria filha.

Ela desconfiava, de acordo com os familiares. Alguns tinham certeza, mas no dia do homicídio, em que o corpo ficou caído no quintal, ela foi até lá e eles tiveram discussões entre mãe e filha”, afirma.

A jovem, pivô de toda situação, foi ouvida durante o inquérito e liberada. As investigações apontaram que ela não sabia do plano do suspeito.

Acusado foi preso dois dias após o crime

Após matar Arthur, Olavo fugiu para o município da Serra e depois se escondeu em uma casa localizada em Vila Velha.

Dois dias após o crime, o autor do homicídio foi preso. Ele não reagiu à presença policial e não disse nada sobre as acusações.

“A gente perguntou se ele estava armado, porque ele possuía posse de arma. Ele não estava naquele momento e disse que a arma havia sido roubada no dia anterior do homicídio. Ele ficou em silêncio e não falou mais nada”, finaliza o delegado.

A prisão do suspeito foi convertida em preventiva e ele deve responder pelo crime de homicídio qualificado.

*Com informações da repórter Suellen Araújo, da TV Vitória/ Record