A Polícia Civil (PC) finalizou o inquérito sobre a morte do motorista de aplicativo João Carlos Cola, de 55 anos, ocorrida no mês de outubro do ano passado. De acordo com o laudo cadavérico, a vítima ingeriu metomil, substância altamente tóxica utilizada como agrotóxico em plantações.
De acordo com a polícia, o motorista teria confundido a substância com licor de jenipapo. O produto tóxico foi oferecido ao homem por um amigo durante uma confraternização. Na ocasião, o amigo do motorista também foi vítima do envenenamento acidental.
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A substância teria chegado a casa do colega como presente dado pelo irmão, um técnico agrícola, durante um passeio na Bahia. O produto estava junto com garrafas de licor verdadeiro, semelhantes à qual estava armazenado o líquido tóxico. Em depoimento, o técnico confessou ter cometido um erro ao armazenar o agrotóxico em um frasco parecido com o da bebida sem afixar uma identificação.
Dose
Além de Cola, o dono da residência e um outro homem também ingeriram o produto tóxico. A quantidade, porém, foi menor do que a utilizada pela vítima. Segundo o filho dele, o pai teria sido o único a beber uma dose inteira do veneno.
Na ocasião, equipes do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) foram acionadas para prestas socorro aos envolvidos. Cola morreu na ambulância, em frente à casa do amigo. Já o dono da residência foi levado para o Hospital Santa Rita de Cássia, em Vitória. O outro amigo, de 42 anos, foi encaminhado para o Hospital Jayme Santos Neves, na Serra.
Processo
Um processo foi instaurado contra o técnico agrícola, que segue em andamento na 4ª Vara Criminal de Vitória. O suspeito responde em liberdade por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. A denúncia foi realizada pelo Ministério Público (MP-ES). O homem permanece proibido de sair da cidade onde mora, na Bahia.
* As informações são da redação da TV Vitória/Record TV