Polícia

'Calma tia, eu não vou morrer', disse menino de 7 anos vítima de bala perdida em Cariacica

O motorista de aplicativo Adson Luan de Assis Silva, de 19 anos, socorreu a criança, após o tiroteio. Ele não conhecia a criança, mas diz que, agora, o menino é como um irmão para ele

Foto: Reprodução TV Vitória

A criança de sete anos, baleada na última quarta-feira (5) enquanto ajudava uma idosa a carregar as compras de supermercado, foi socorrida por um motorista de aplicativo que passava no momento da troca de tiros entre policiais e traficantes, em Nova Rosa da Penha ll, Cariacica

Adson Luan de Assis Silva, de 19 anos, havia entrado para a vida de motorista de aplicativo apenas quatro meses atrás, mas nunca pensou que pudesse salvar uma vida. Segundo o motorista, a criança dizia para a vizinha: “calma tia, eu não vou morrer”.

“Quando eu cheguei, me deparei com uma criança baleada, deitada. Eu abri a porta do carro e colocamos ele dentro do carro, junto com uma vizinha dele e saímos em disparada com o carro. O desespero aumenta ainda mais sabendo que era uma criança. Quando colocamos ele no carro, minha preocupação era só chegar no hospital. Agora, ele é como um irmão para mim. Quero dar um abraço dele quando ele sair do hospital”, contou Luan.

Era início da noite da última quarta-feira (5), quando Luan passava de carro no bairro e se deparou com a criança baleada. O disparo acertou o peito do menino, bem próximo ao coração. Luan colocou o menino dentro do carro e seguiu em direção ao hospital. Foram cerca de 15 minutos desviando do trânsito e tentando contato com uma ambulância. Até o momento, o menino segue internado, mas não corre risco de vida.